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terça-feira, 24 de abril de 2018

Lição 5 - Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia

 Aula Presencial dia 29 de abril de 2018 


Estimado professor,   acredito que já tenha percebido que nosso SLIDE semanal traz uma abordagem DETALHADA de todos os pontos abordados na lição. É um resumo da lição fazendo uso de uma metodologia moderna de ensino,  tornando-o mais eficiente e efetivo. Aplica-se ao conteúdo da lição, ilustrações com figuras relacionadas com cada tópico a ser ensinado.  Faça bom uso !  Baixe o Slide no formato desejado, Tenha liberdade de cortar, alterar e adicionar conteúdo. Não deixe de Divulgar e Compartilhar nas Redes Sociais !









OBJETIVOS GERAL
Estabelecer a perspectiva doutrinária da sacralidade da vida.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Mostrar a perspectiva bíblica acerca da pena de morte;
2 - Expor o conceito e as implicações éticas da eutanásia;
3 - Conscientizar sobre o aspecto sacro da vida.

TEXTO ÁUREO
“O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à 
sepultura e faz tornar a subir dela.” (1 Samuel 2.6)

VERDADE PRÁTICA
A pena de morte e a eutanásia violam a soberania divina. 
A vida foi dada por Deus e, portanto, pertence a Ele.

PONTO CENTRAL
A vida humana é sagrada.

HINOS SUGERIDOS DA HARPA CRISTÃ

7 - Cristo Cura Sim

111 - Que Mudança

310 - Avante eu vou



Romanos 13.3-5
3 – Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 – Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 – Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.

1 Samuel 2.6-7
6 – O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.
7 – O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.

João 8.3-5,7,10,11
3 – E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.
4 – E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando,
5 – e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
7 – E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10 – E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 – E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais.




Segunda-Feira –  Gênesis 9.5,6 
O homicida não fica impune diante de Deus   
9 : 5  Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como também da mão do homem, e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
9 : 6  Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.

Terça-Feira –  2 Sm 12.13  
Deus livra a Davi da morte
12 : 13  Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi: Também o Senhor perdoou o teu pecado; não morrerás.
  
Quarta-Feira –  Colossenses 1.16,17 
Deus é o Criador e o sustentador de todas as coisas
1 : 16  Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
1 : 17  E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.

Quinta-Feira –   Jó 2.9,10 
Jó rejeita a eutanásia e decide passar pelo sofrimento
2 : 9  Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.
2 : 10  Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.

Sexta-Feira –  2 Pedro 1.3 
A vida humana é uma dádiva divina
1 : 3  Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;

Sábado –  Deuteronômio 32.39 
Deus está no controle da vida humana      
32 : 39 Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão.




IMPORTANTE
Apresento neste BLOG os comentários como 
professor de EBD em cima dos tópicos da Revista do Aluno 
NÃO APRESENTAREI O CONTEÚDO COMPLETO DA REVISTA DO PROFESSOR
TENHA SUA REVISTA EM MÃOS E FAÇA UM BOM ESTUDO !





                                                   
INTRODUÇÃO
A vida humana é o ponto de partida para os demais direitos da pessoa. Se o direito à vida não estiver assegurado torna-se impossível a existência dos outros valores. No entanto, em contradição a este pressuposto, temas relacionados à punição com pena de morte e o direito à eutanásia são frequentemente discutidos e aceitos na sociedade atual. Nesta lição estudaremos a presença da pena capital em ambos os testamentos bíblicos, a prática da eutanásia e suas implicações éticas na vida do ser humano.

O pós-modernismo defende a legalização da eutanásia, ignorando o que diz a Palavra de Deus no tocante à defesa da vida humana. Diversos países já alteraram a sua legislação  para legalizar essa prática criminosa. No Brasil, o legislativo federal enfrenta pressão de indivíduos e grupos representativos, a fim de que aprove tal prática.
Defendendo a ideia do aperfeiçoamento humano pela eliminação das pessoas tidas como menos qualificadas física e mentalmente, o pós-modernismo em nada difere do nazismo  que, durante a Segunda Guerra Mundial, apregoava a eugenia - a tentativa de se criar uma raça perfeita a partir da engenharia genética.
(Revista Lições Bíblicas - 4T 2005 - Pr.Geremias do Couto - página58).

Um crente em Jesus está na UTI, e os médicos concluem que não há mais solução para sua doença. Todos os esforços serão inúteis. O que fazer ?
Continuar com o tratamento custoso ? Desligar os aparelhos ?
Muitos têm recorrido ao suicídio, como se fosse uma porta de emergência para escapar da dor. O que podemos dizer como cristãos acerca da eutanásia ?
(Revista Lições Bíblicas - 3T 2002 - Pr.Elinaldo Renovato - página 62).

Secularmente, a pena capital ou pena de morte é tema de abordagem complexa, polêmica e controversa. Entretanto, desejamos refletir sobre a mesma, partindo de um embasamento bíblico-teológico, à luz da ética cristã. No primeiro versículo da leitura bíblica em classe, a frase "não matarás" no original tem a ver com morte premeditada, deliberada, proposital, dolosa.
(Revista Lições Bíblicas - 3T 2002 - Pr.Elinaldo Renovato - página 54).

I – A PENA DE MORTE NAS ESCRITURAS
O Antigo Testamento prescreve a pena de morte. O Novo Testamento reconhece a existência da pena capital, mas não normatiza o assunto.

1. No Antigo Testamento. 
No pacto com Noé e na Lei de Moisés a pena de morte aparece como punição retributiva: “sangue por sangue e vida por vida” (Gn 9.6; Êx 21.23). Um dos propósitos era punir com a morte o culpado por assassinato premeditado (Êx 21.12). Essa prescrição não contraria o sexto mandamento, pois o verbo hebraico rãtsah presente na expressão “Não matarás” (Êx 20.13), significa “não assassinarás”, isto é, proíbe efetivamente o homicídio doloso ou qualificado. Então, ao indivíduo era proibido matar, e, quando alguém matava, a lei exigia que o Estado fizesse justiça. Para o devido processo legal ao menos duas testemunhas eram requeridas para a efetivação do processo (Dt 17.6). Assim, a morte do homicida era vista como justiça contra a impunidade. Porém, havia exceções. Quando Davi adulterou e premeditou a morte de Urias, a pena não foi aplicada ao monarca (2 Sm 11.3,4,15; 12.13). Neste caso, Deus tratou pessoalmente do pecado do Rei (2 Sm 12.10-12).

A Pena de Morte no Antigo Testamento
1. Pacto com Noé.
Na aliança firmada entre Deus e Noé (e sua descendência), a pena de morte já aparece de modo claro e direto: "Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem" (Gn 9.6). Certamente, o Senhor teve em mente dissuadir os que quisessem continuar com a maldade e a violência perpetrada contra seus semelhantes, como na civilização antediluviana, quando a maldade do homem se multiplicara (Gn 6.5), e perpetraram-se assassinatos por coisas banais. "E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: Porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar" (Gênesis 4.23).
2. Lei de Moisés.
A pena de morte não só era praticada, como também foi ampliada para muitos delitos: homicídio doloso "Quem ferir alguém, que morra, ele também morrerá; porém, se lhe não armou ciladas, mas Deus o fez encontrar na suas mãos, ordenar-te-ei um lugar para onde ele fugirá. Mas, se alguém se ensoberbecer contra seu próximo, matando-o com engano, tirá-lo-ás do meu altar para que morra" (Êx 21.12-14; adultério "Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerão o adúltero e a adúltera..." (Lv 20.10-21);  Sequestro (Êx 21.16, Dt 24.7); Homossexualismo (Lv 18.22;20.13); sexo com animais - bestialidade (Êx 22.19); falsas profecias (Dt 13.1-10); blasfêmia (Lv 24.11-14); sacrifícios a deuses estranhos (Êx 22.20); profanação do dia de descanso (Êx 35.2; Nm 15.32-36); desobediência contumaz aos pais (Dt 17.12; 21.18-21). "Mas, se houver morte, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé (Êx 21.23,24).
3. O caso de Acã.
Após a conquista de Jericó, Josué determinou uma interdição, sob anátema, segundo a qual nenhum israelita poderia tocar e se apropriar dos despojos daquela cidade maldita. Entretanto, a cobiça, às vezes, fala mais alto. Assim, "prevaricaram os filhos de Israel no anátema; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel" (Js 7.1): Israel foi derrotado diante de um pequeno exército da Cidade de Aí. Mais ainda: a pena de morte foi o castigo não só para o desobediente Acã; toda sua família, de igual modo, pereceu (Js 7.15).
"...E disse Josué: Porque nos turbaste? O SENHOR te turbará a ti este dia. E todo o Israel o apedrejou com pedras, e os queimaram a fogo e os apedrejaram com pedras" (Js 7.24,25).
(Revista Lições Bíblicas - 3T 2002 - Pr.Elinaldo Renovato - página 55-56).

2. No Novo Testamento. 
Aos Romanos, Paulo constata a legalidade da pena de morte e a legitimidade do Estado em usar a espada como punição ao transgressor (Rm 13.4). No entanto, o apóstolo não normatiza a aplicação da pena, não ordena e nem proíbe, apenas reconhece a existência da lei como dispositivo punitivo. O evangelista João registrou o caso da mulher apanhada em adultério (Jo 8.4). Os escribas e fariseus exigiram o parecer de Jesus sobre a aplicação da pena de morte para a adúltera (Jo 8.5). Entretanto, os acusadores comportaram-se de modo parcial e trouxeram somente a mulher para ser julgada, enquanto a lei exigia a presença das testemunhas e também do adúltero (Nm 35.30; Lv 20.10). Cristo se recusou a participar deste juízo temerário e ilegítimo. Absolveu a mulher da punição, a perdoou e a exortou a deixar o pecado (Jo 8.11).

A Pena de Morte no Novo Testamento.
1. Nos Evangelhos.
a) cumprindo a lei. 
Passa despercebido o fato de que, em todo o decurso do ministério de Cristo na Terra, Ele trouxe uma nova aliança de Deus com o homem. Uma nova doutrina de amor e graça salvadora, ao mesmo tempo em  que cumpria a lei de Moisés. Assim, Ele deu respaldo à pena imposta pelo Sinédrio,  quando diz: "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno" (Mt 5.21,22).
b) Pena mais rigorosa.
Sem dúvida, ser "réu de juízo" (Mt 5.21), para o homicida, era ser morto também (Êx 21.12-14). Na lei de Cristo, para ser "réu de juízo" não precisava ser um assassino, mas até quem se encolerizasse contra seu irmão. Jesus deu respaldo à pena capital, ao mesmo tempo em que mandou amar os inimigos (Mt 5.44) e, dar a outra face a quem bater numa? (Lc 6.29). Tudo deve ser entendido à luz dos respectvos contextos. Jesus ministrava ensinos de amor, justiça e paz, como regra geral para seus seguidores. Entretanto, Ele admitia a punibilidade e o castigo através da autoridade legalmente constituída, contra os transgressores da lei. Jesus não doutrinou contra a pena de morte. Ele mesmo submeteu-se a ela, cumprindo toda a lei (ver Mt 5.17; Gl 3.13). Além disso, em Êxodo 20.13, o verbo matar ("Não matarás"), no original, corresponde a matar dolosamente.
c) O episódio da mulher adúltera (Jo 8.1-11). 
Desse episódio têm se apropriado os críticos da pena de morte, argumentando que Jesu, ao invés de apoiar os acusadores, antes, perdoou a mulher, livrando-a, consequentemente, do apedrejamento previsto em lei. É necessária uma leitura mais demorada do texto. Primeiro, foram os fariseus que trouxeram a mulher. Eram acusadores. Mas, onde estavam as testemunhas, exigida pela Lei? "Todo aquele que ferir a alguma pessoa, conforme o dito das testemunhas, matarão o homicida; mas um só testemunha não testemunhará contra alguém para que morra" (Nm 35.30). Segundo, a lei dizia que deveriam ser condenados à morte o adúltero e a adúltera (Lv 20.10), mas só trouxeram a mulher. Se Jesus  houvesse aprovado o apedrejamento, seria acusado de parcialidade e descumprimento da lei, logo, o Mestre cumpriu formalmente a lei, não aceitando a acusação ilegítima, e aplicou soberanamente a lei da graça e do seu sublime amor, não condenando a pecadora, mas exortando-a a deixar o pecado.
2.  Em Atos dos Apóstolos.
No capítulo 5, vemos o caso de Ananias e Safira, sua esposa: ambos fulminados um após o outro, por terem mentido, usando de falsidade ideológica, num ato indigno, de apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia (Caso isso voltasse a acontecer, só Deus sabe quantos seriam destruídos). Notemos que Deus aplicou a pena capital através dos apóstolos, fato que não voltou a ocorrer na Igreja Primitiva. Certamente isso aconteceu para mostrar que os praticantes de pecados desta natureza são passíveis de juízo, caso não se arrependam.
3. Nas epístolas.
Doutrinando sobre as relações entre o cristão e o Estado, o apóstolo Paulo escreveu: "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores: porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para a más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada: porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal' (Rm 13.1-4). Aí, vemos que a autoridade constituída (o princípio da autoridade) emana de Deus; e os magistrados, quando atuam legitimamente, com integridade e parcialidae totais, estão agindo legitimados pela autoridade do Todo-Poderoso, trazendo a "espada" (pena de morte).
(Revista Lições Bíblicas - 3T 2002 - Pr.Elinaldo Renovato - página 56-57).
  
II – EUTANÁSIA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES

1. O conceito de eutanásia. 
Etimologicamente a palavra “eutanásia” tem origem em dois termos gregos: eu com o significado de “boa” ou “fácil” e, thánatos, que significa “morte”. A junção destes dois termos resulta na expressão “boa morte”, também conhecida como “morte misericordiosa”. O vocábulo foi inicialmente usado pelo filósofo inglês Francis Bacon (1561-1627). No sentido técnico, a “eutanásia” significa antecipar ou acelerar a morte de pacientes em estágio terminal ou que estejam padecendo de dores intensas em consequência de alguma doença incurável. É o ato de matar o doente para não prolongar o grave quadro de seu sofrimento e de seus familiares. As formas usadas podem ser classificadas em eutanásia passiva ou ativa. A primeira consiste em desligar as máquinas e aparelhos que mantém o paciente vivo e a segunda requer a aplicação de qualquer droga que possa acelerar o processo de morte.

2. As implicações da eutanásia. 
A prática da eutanásia tem implicações de ordem legal, moral e ética. Nos aspectos legais, a Constituição Brasileira assegura a “inviolabilidade do direito à vida” (Art. 5º). Assim, a “eutanásia” é tipificada como crime no Código Penal Brasileiro (Art. 122). No entanto, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei no 236/12 (Novo Código Penal) onde o juiz poderá deixar de aplicar punição para quem cometer a eutanásia seja ela passiva ou ativa. Nas questões de ordem moral nos deparamos com a violação do sexto mandamento “Não matarás” (Êx 20.13), e, quando a “eutanásia” é consentida pelo paciente, surge o problema do pecado de suicídio. Pergunta-se ainda: a quem mais interessa a eutanásia? Ao paciente ou ao seu Plano de Saúde? As motivações parecem ser mais econômicas que humanitárias. As indagações éticas podem ser assim resumidas: É lícito exterminar pessoas doentes? Quem tem poder para decidir sobre a morte?

Princípios Bíblicos Contra a Eutanásia
1. A eutanásia não leva em conta os desígnios de Deus.
A morte passou a fazer parte da história do homem somente a partir da sua queda no Éden. Portanto, Deus não criou o homem para a morte; criou-o para a vida. A luta pela vida é algo inato no ser humano. Desejar a morte é algo que somente se manisfesta em tempos de profunda crise. É exceção; contraria a vontade divina. Quando o profeta Elias foi tomado por esse cruel sentimento,  Deus não lhe ofereceu a eutanásia como saída, mas reconfortou-lhe o coração, confiando-lhe algumas tarefas até que se cumprissem os seus dias (1Rs 19.1-21). Aqui, meditar atentamente no 1Rs 19.7. A morte, na verdade, é o resultado do juízo de Deus sobre os nossos primeiros pais, em virtude de sua desobediência, estendendo-se também a toda raça humana (Gn 3.19; Rm 5.12; 6.23).
Na sentença dada por Deus a Adão (ver Gn 3.17), vemos claramente a menção à vida: "com dor comerás dela [a terra] todos os dias da tua vida". O texto pressupõe um tempo para viver que só seria dado por concluído quando chegasse a hora da morte, segundo os desígnios de Deus, e não conforme a vontade do homem (Ec 3.2). Assim, qualquer ato que implique na abreviação da vida, tenha o nome que tiver, não vai de encontro ao que Deus planejou para o ser humano (2Tm 4.6-8; At 18.9-11).
2. A eutanásia é uma forma de egoísmo.
A eutanásia, ao invés de ser um gesto de amor para com o paciente, é uma forma cruel de egoísmo. Na verdade, o que os familiares e outros responsáveis desejam, é descartar-se do paciente já invalido - como os abortos de fetos deficientes - para se verem livres do problema. O que não querem é trabalho. Todavia, o amor, proveniente de Deus, vai até o fim, sempre lutando em favor da vida, como demostram não só os exemplos bíblicos (ver Lc 8.40-56), mas tantos outros à nossa volta. Ler 1 Jo 3.16.
(Revista Lições Bíblicas - 4T 2005 - Pr.Geremias do Couto - página 60-61).

III – A VIDA HUMANA PERTENCE A DEUS

1. A fonte originária da vida. 
A Bíblia ensina que Deus trouxe o universo à existência (Gn 1.1) e que Ele próprio sustenta todas as coisas (Hb 1.3). Deus não criou somente a matéria, mas criou também toda a espécie de seres vivos, bem como o ser humano (Gn 1.21-27; Cl 1.16). A humanidade, como obra prima, é uma criação especial e distinta. Deus a criou sua imagem e semelhança (Gn 1.27), característica não dada a outra criatura. A vida humana passou a existir por causa da vontade do Altíssimo, bem como permanece agora: “todas as coisas subsistem por Ele” (Cl 1.17). O Criador tem o controle soberano de toda a vida (Dt 32.39; Lc 12.7), e esta tem origem Nele: “pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Portanto, o Deus vivo é a fonte originária da vida e só Ele tem autoridade exclusiva para concedê-la ou tirá-la (1 Sm 2.6).

2. O caráter sagrado da vida. 
A vida humana é sagrada porque a sua origem é divina. Por conseguinte, existe a proibição de alguém tirar intencionalmente a vida de outro ser humano (Êx 20.13). A dignidade da vida humana deve ser protegida e preservada antes e depois do nascimento, desde o momento da concepção até o seu último instante de vida (Sl 139.13-16; 116.15). A vida deve ser respeitada e valorizada como dádiva divina (2 Pe 1.3). No caso de alguma enfermidade, o paciente tem o direito de receber tratamento adequado tanto na busca da cura como no alívio de suas dores. Procedimentos dolorosos e ineficazes podem ser evitados a fim de resguardar a dignidade humana, porém, exterminar a vida é uma afronta ao Príncipe da Vida (At 3.15). Se a vida é sagrada por ocasião da concepção, logo, não poderá deixar de sê-la em seu derradeiro dia. Buscar a morte como alívio para o sofrimento é decisão condenada nas Escrituras. Jó, por exemplo, embora sofrendo dores terríveis, reconheceu o caráter sagrado da vida e não aceitou a sugestão de sua esposa em amaldiçoar a Deus e morrer (Jó 2.9). Por fim, o patriarca enalteceu a soberania divina sobre a existência humana (Jó 42.2).

CONCLUSÃO
A vida humana, sua sacralidade e dignidade, têm origem em Deus. Atentar contra esse dom divino é colocar-se contra a soberania de Deus, o autor da vida. O poder absoluto sobre a vida e a morte pertence a Deus. A atual ideologia que propaga o direito do homem em exterminar a própria vida, ou a do outro, viola o propósito divino (Jo 10.10).

A eutanásia é fruto da mente doentia dos humanistas, cuja consciência, cauterizada que está pelo pecado, já não reconhece as demandas de Deus em favor da vida. A raça humana, para os humanistas, é constituída de seres meramente orgânicos, que devem ser eliminados sem qualquer subordinação ao desígnio divino. Mas, como vimos, o nascer e o viver são atos da vontade soberana de Deus.
(Revista Lições Bíblicas - 4T 2005 - Pr.Geremias do Couto - página 61).

Há respaldo bíblico para a pena de morte, não como regra, mas como exceção. Devido às suas falhas, erros, fraquezas e também leniência (por opção, por decisão nacional, por consenso, etc,), o sistema judicial de várias nações evita a pena capital e, arbitra então pela perda da liberdade do delinguente - a prisão temporária, ou mesmo a prisão perpétua. "Visto como não se executa logo juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal" (Eclesiastes 8.11). Confira ainda, Isaías 26.9,10. 
(Revista Lições Bíblicas - 3T 2002 - Pr.Elinaldo Renovato - página 56-58).

PARA REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia”, responda:

1 - Para o efetivo processo legal da pena de morte no Antigo Testamento, o que era necessário?
Para o devido processo legal ao menos duas testemunhas eram requeridas para a efetivação do processo (Dt 17.6).

2 - O que Paulo constatou, segundo a Epístola aos Romanos?
Aos Romanos, Paulo constata a legalidade da pena de morte e a legitimidade do Estado em usar a espada como punição ao transgressor (Rm 13.4).

3 - Quais implicações a eutanásia tem?
A prática da eutanásia tem implicações de ordem legal, moral e ética.

4 - O que a Bíblia ensina em relação à fonte originária da vida?
A Bíblia ensina que Deus trouxe o universo à existência (Gn 1.1) e que Ele próprio sustenta todas as coisas (Hb 1.3).

5 - Segundo a lição, por que a vida humana é sagrada?
A vida humana é sagrada porque a sua origem é divina.

BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Comentarista Pr. Douglas Baptista, 2 Trimestre 2018.

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Olá, estimado professor, segue abaixo material de apoio que o mesmo possa adicionar mais conteúdo para a sua aula.


Clique Aqui - Estudo : Qual é o conceito Bíblico a respeito da Eutanásia ?


OS DEFENSORES DA EUTANÁSIA
1. A abreviação do sofrimento.
O termo eutanásia é de origem grega e significa literalmente "boa morte". Empregado pela primeira vez por Francis Bacon em 1623 com o sentido de antecipação da morte, tem como justificativa abreviar o sofrimento de pacientes terminais e daqueles que sofrem de doenças irreversíveis. Os seus defensores advogam: da mesma forma que o indivíduo já nascido tem o direito inalienável à vida, não se pode negar-lhe o direito à morte. Apesar das aparências, a eutanásia é uma afronta a Deus que no princípio ordenou quanto à vida humana: "Não matarás".
2. Um ato de amor pelo paciente.
É outra justificativa apresentada na defesa da eutanásia. Ora,que tipo de amor é este? É limitado e egoísta. Na verdade, procura descartar um enfermo, para que este não lhes sirva de enfado. Precisamos todos estar possuídos do amor de Deus (Jo 15.12;Rm 13.10; 2Pe 1.7). Aliviar o sofrimento de um enfermo não implica em matá-lo; implica em assisti-lo devidamente para que, mesmo no leito da morte, tenha ele qualidade de vida.
(Revista Lições Bíblicas - 4T 2005 - Pr.Geremias do Couto - página60).

                                                                                                                                                                            

9 comentários:

  1. Boa tarde gostaria de saber quais a fonte dos cometario. E se eu posso usar na sala

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    Respostas
    1. Referente a Lição 5 - Etica Cristã, Pena de Morte e Eutanásia , sempre que coloco em letra vermelha são os meus comentários (Prof. Éder Tomé) as demais que escreve em verde sempre coloco a fonte do comentário. O que esta escrito em preto a fonte é a Revista CPAD. Meu irmão tenha liberdade de usar em sala o material que desejar inclusive o SLIDE cuja fonte é a revista CPAD que menciono na última página do SLIDE.
      O comentário desta Lição estarei adicionando no decorrer da semana, nosso BLOG é atualizado diariamente !

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  2. Essa lição não vai ter comentario porq

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  3. Esta semana colocamos em VERDE o comentário com o Pr.Geremias do Couto e Pr.Elinaldo Renovato !

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  4. Irmão Eder a paz do Senhor! Por que não tem mais a versão 2 do slides ( a mais larga), é a que eu sempre uso : ). Deus abençoe!

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    1. Nobre irmão, voltaremos a postar no formato 16x9 windescren na próxima lição !

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    2. Que maravilha!! Muito obrigado e que Deus continue abençoando.

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  5. meu querido irmao fico muito agradecido pelo seu trabalhao
    vc é uma bencao para todos os professores de EBD nesse pais.
    muito obrigado mas uma vez! Deus te recompensara por todos esses subsidios que vc coloca a disposicao dos professores. uso os seus slides para da aula na igreja que faço parte. fique na paz um abração by Misac João pessoa PB.

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  6. Irmão Misac, Deus abençoe pela palavras, faz tão bem para continuidade desse Blog ! Forte abraço, A paz do Senhor !

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