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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Lição 6 - A Lei, a Carne e o Espírito

Aula Presencial dia 8 de Maio de 2016

OBJETIVOS GERAL
Mostrar que a luta entre a carne e espíríto é uma realidade na vida de todo crente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Explicar a analogia do casamento ilustrada na Lei;
2 - Mostrar a analogia da solidariedade da raça ilustrada em Adão;
3 - Discorrer a respeito da analogia entre carne e espírito.



TEXTO ÁUREO
"Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas com a carne, à lei do pecado. (Rm 7:25)

VERDADE PRÁTICA
A luta entre a carne e o espírito é uma realidade na vida de todo crente, mas a dependência da graça de Deus fará com que tenhamos uma vida vitoriosa.

LEITURA DIÁRIA

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 7:1-15
- Não sabeis vós, irmãos (pois que fato aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?
2 - Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.
3 - De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido.
4 - Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
5 - Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
6 -  Mas, agora, estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
7 - Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse; Não cobiçarás.
8 - Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência; porquanto, sem a lei, estava morto o pecado.
9 - E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri;
10 - e o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
11 - Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e, por ele, me matou.
12 - Assim, a lei é santa e o mandamento, santo, justo e bom.
13 - Logo, tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum! Mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem, a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.
14 - Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
15 - Porque o que faço, não aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço.


IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

TENHA UM BOM ESTUDO !


INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o papel da cristão em relação à Lei, a carne e o Espírito. Paulo apresenta um estudo a respeito desses temas no capítulo sete. Ele se utiliza de três analogias para discorrer sobre os assuntos: a analogia do casamento, a analogia de Adão no paraíso e a analogia da carne versus o espírito. Como devemos nos comportar diante da lei? Como explicar, que mesmo depois de já termos recebido a graça de Deus, passamos por conflitos espirituais internos? O que isso significa? É o que vamos procurar responder neste estudo.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos o capítulo sete da Epístola ao Romanos. Este capítulo trata a respeito da libertação da Lei. Para que os romanos compreendessem bem o assunto, Paulo faz uma analogia entre a Lei e o casamento. O apóstolo mostra que enquanto o marido viver, a esposa está ligada a ele mediante a lei do matrimônio. Mas, morto o marido a esposa se torna livre, podendo até mesmo contrair novas núpcias. Com esta analogia, Paulo mostra que os salvos em Cristo, pela fé, já estão livres da lei do pecado e agora pertencem a Jesus Cristo. Em Cristo, estamos mortos para a lei do pecado. O apóstolo precisou tratar deste assunto porque os judeus tinham dificuldades de se libertarem das amaras da Lei. Livres da lei do pecado temos condições de nos relacionarmos com Deus e vivermos uma vida de santidade. Segundo Lawrence Richards "a libertação da Lei não promove o pecado, mas a justiça".


 I - A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO (Rm 7:1-6) 
1. A metáfora do casamento. O apóstolo Paulo mostra que homem algum pode ser salvo pela lei, até mesmo aqueles que a guardam com zelo e devoção. Aqueles que já possuem uma nova natureza também não serão guardados do pecado por observarem a Lei. A insistência de Paulo, que se estende desde o capítulo seis com respeito à função da Lei, agora o conduz a usar o casamento como uma analogia que contrasta o viver através dos preceitos da Lei e a nova vida em Cristo (Rm 7:1). Paulo usou o casamento para mostrar o nosso relacionamento com a Lei. O apóstolo ressalta que o contrato de casamento perde sua validade quando um dos cônjuges morre. Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal, "ao morrermos com Cristo, a Lei não pode mais nos condenar; estamos unidos a Cristo".
2. A metáfora da mulher viúva. Os versículos 2 e 3 co capítulo 7, concluem a analogia do apóstolo a respeito do casamento. Paulo afirma que vivendo o marido, se a mulher se casar novamente com outro homem, ela será considerada adúltera. Mas, se o marido morrer ela está livre para se casar novamente. A intenção era mostrar que a morte de Cristo na cruz, e os cristãos juntamente com Ele (Ef 2:5,6), rompeu os votos de obediência aos preceitos legais da lei mosaica (Rm 7:4).
3. Mortos para a Lei. A expressão "mortos para a lei pelo corpo de Cristo" é estendida pelo intérpretes como uma referência à morte de Cristo e a nossa identificação com Ele. O biblicista C. Marvin Pate observa que "Paulo usa a analogia da morte de um cônjuge no casamento para ilustrar a morte do crente para a lei, pelo fato de ele estar unidos com Cristo (Rm 7:1-6)".

CONHEÇA MAIS
"A Lei de Deus, em Romanos 7, é a revelação do Antigo Testamento dos padrões de comportamentos morais de justiça. No entanto, a 'Lei' que Paulo descobre estar agindo em sua personalidade é o ' princípio universal' do pecado e da morte que escraviza os seres humanos decaídos. Nesse capítulo, Paulo explora o relacionamento entre a Lei de Deus e a Lei (princípio) do pecado. Ele expressa seu sentimento de desesperança na medida em  que tenta responder à Lei de Deus, mas, no meio disso, está o pecado a impedi-lo. Em Rm 8:2, Paulo apresenta outra 'Lei' (princípio universal) que resolve o seu problema e o nosso". Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.743.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Livre - Um cônjuge não está mais ligado pela lei matrimonial com o consorte falecido. A morte liberta a ele ou a ela dessa lei. Semelhantemente, a morte de Cristo, que compartilharmos em nossa união com Ele, nos liberta de todas as obrigações legais, constantes na Leis de Deus. Algumas pessoas ficaram atemorizadas com a ieia de que o cistão não tem obrigação alguma de guardar a Lei. Paulo deixa claro que precisamos estar livres dessas obrigações. Por quê?  A Lei diz  respeito à nossa natureza pecaminosa e proclama: 'Não'. O resultado não foi uma repreensão do desejo de pecar, mas o surgimento de nossas paixões pecaminosas. Pecamos, ao 'produzir frutos da morte'. Deus agora nos chama para nos relacionarmos diretamente com Ele através do Espírito falará à nossa natureza, nos estimulando a servir e, assim, a 'produzir frutos para Deus' (RICHARDS, Lawrence, Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10,ed, Rio de janeiro: CPAD, 2012,p.743.

  II - ADÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIDARIEDADE 
1. De volta ao paraíso. Paulo considerava Adão o cabeça e o representante da humanidade. A sua Queda levou todos os homens a caírem com ele. Aqui o objetivo do apóstolo é vincular a desobediência de Adão à humanidade. Adão pecou, logo todos pecaram. Uma leitura cuidadosa das palavras de Paulo em Romanos 7 a 11 mostrará a estreita relação que elas têm com os fatos ocorridos em Gênesis capítulo 3. Por exemplo, a expressão não "cobiçarás" é uma alusão a Gênesis 3:1-6. Por outro lado, as palavras de Paulo "eu vivi sem lei" (Rm 7:9), só têm sentido se aplicado na vida de Adão, pois Paulo como fariseu e judeu que era vivia a lei desde a infância (2 Tm 3:15). Aqui Paulo, como ser humano, se via em Adão. As expressões "eu morri" e o "pecado me enganou" ganham paralelo com Gênesis 2:17 e 3:13. 
2. Lembrança do Sinai. Outra razão, no entendimento de muitos intérpretes da Bíblia, que levou o apóstolo a se ver em Adão está na crença judaica de que o primeiro homem viveu os princípios do Torá (Lei), mesmo tendo existido muito antes da sua promulgação no Sinai. De fato, essa é uma crença muito bem documentada na literatura rabínica. Filo de Alexandria, filósofo judeu, por exemplo , dizia que a cobiça, pecado praticado por Adão no paraíso, era a raiz de todos os males.
3. A lei dada a Adão. O fato é que Adão estava debaixo do mandamento, da ordenança de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17). A intenção do apóstolo é fazer um paralelo entre o Paraíso e o Sinal, entre a lei de Moisés e a ordenança que foi dada a Adão. O mandamento que foi dado a Adão para trazer vida se converteu através da ação da antiga serpente, personificação do Diabo, em morte. Da mesma forma, a Lei de Moisés que foi dada para trazer vida, mas o pecado, como personificação do mal, a transformou em um instrumento de morte.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor, reproduza o esquema abaixo e utilize-o para enfatizar o que dispomos, como descendência de Adão e como filhos de Deus.



III-O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO (Rm 7:14-25)
1. A santidade da lei. Um interlocutor atento poderia argumentar que o apóstolo, estaria desqualificando a Lei, reduzindo-a a algo extremamente mal. Paulo se adianta e responde: "Assim a lei é santa; e o mandamento santo, justo e bom" (Rm 7:12). Não há nenhum problema com a Lei. A Lei é boa e seu propósito também. O problema, portanto, não estava na Lei, mas naqueles que se regiam por ela. Como o apóstolo já havia argumentado, o problema  estava dentro do homem, no pecado que habitava nele, e não na existência de uma lei externa (Rm 7:18).
2. A malignidade da carne. Não há dúvida que todo cristão entende bem essas palavras de Paulo em Romanos 7:22,23. Essas palavras revelam o conflito entre a nossa nova natureza em Cristo e o "velho homem" residente em nós. É a guerra entre a carne e o espírito. A quem essas palavras de Paulo se destinaram? O contexto parece não deixar dúvidas de que Paulo tinha em mente os crentes que, pelo fato de serem cristãos, acreditavam que poderiam viver vitoriosamente sem o Espírito Santo. Embora Paulo, tenha deixado para tratar sobre o ministério do Espírito Santo no capítulo 8 de Romanos, ele já chama aqui a atenção para viver "em novidade do Espírito" (Rm 7:6) como forma de vencer as inclinações da carne.
3. A velha natureza. Nossa antiga natureza está constantemente tentando rebelar-se contra Deus. Não temos como lutar contra o pecado usando a nossa força. O Espírito Santo, que habita em nós, ajuda-nos a vencer a velha natureza.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"O confito entre a Lei e o pecado (Rm 7:14-25) - Esse conflito é inevitável. Duas leis se chocam - a lei do pecado e a lei de Deus. Podemos chamá-las de lei carnal e lei espíritual. Entretanto, esse conflito pode ser facilmente dominado pelo crente, se ele dominar o pecado pela lei espiritual. O campo de batalha entre essas duas forças é interior ao homem. Paulo ilustra o coração como o interior de nossas vidas para mostrar esse conflito.
A lei é espíritual (v.14). Mais uma vez o apóstolo declara que o problema não está na lei de Deus, mas na natureza pecaminosa do homem. quando ele declara 'sou carnal' está, na verdade, dizendo que ele é feito carne, isto é, sujeito à lei do pecado que opera na carne. Ele diz, também, que é 'vendido sob o pecado', ou, à escravidão do pecado. Significa que, queira ou não, está na sua carne, a tendência pecaminosa que o escraviza a faz de sua natureza pecaminosa a sede de operações para o pecado. Essa escravidão envolve toda a personalidade do homem. Porém, esse envolvimento encontra uma barreira para o domínio total do pecado, que é a lei espiritual.
O conflito entre lei e o pecado (v.15). Nestas palavras o apóstolo se sente o centro do conflito no seu interior, e não consegue entender porque pratica certos atos que contrariam sua real vontade. Ele vê o conflito entre o bem e o mal, e, às vezes, esse conflito é tão intenso que ele não consegue descobrir o 'porquê' desse conflito que o leva fazer certos atos" (CABRAL, Elienai, Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus, 5.ed.Rio de Janeiro: CPAD,2005,pp.85,86)

CONCLUSÃO
Mesmo vivendo debaixo da graça o crente experimenta o conflito entre sua antiga natureza e sua nova vida em Cristo. Como viver uma vida nova, se a velha vida ainda continua querendo ocupar seu antigo espaço? A resposta do crente está na compreensão de que a solução a esse conflito está em responder positivamente à nova vida espiritual, dependendo inteiramente da graça de Deus.

PARA REFLETIR
1) O que Paulo desejava mostrar com a metáfora do casamento ?
     R. Paulo desejava mostrar que homem algum pode ser salvo pela Lei, até mesmo aqueles que a
         guardam com zelo e devoção. Paulo usou o casamento para mostrar o nosso relacionamento
         com a Lei. O apóstolo ressalta que o contrato de casamento perde sua validade quando
        um dos cônjuges morre. Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal "ao morrermos com Cristo, a
        Lei não pode mais nos condenar", estamos unidos a Cristo".

2) Como pode ser entendida a expressão "mortos para lei pelo corpo de Cristo" ?
     R. A expressão "mortos para a lei pelo corpo de Cristo" é entendida pelos intérpretes 
          como uma referência  à morte de Cristo e a nossa identificação com Ele.

3) Segundo Paulo, quem é o cabeça da raça humana ?
     R. Paulo considerava Adão o cabeça e o representante da humanidade.

4) Segundo Paulo, a lei e seus propósitos são bons ?
     R. Sim, A Lei é boa e seu propósito também. O problema, portanto, não estava
           na Lei, mas naqueles que se regiam por ela.

5) Quem pode nos ajudar no embate contra a velha natureza ?
     R. O Espírito Santo, que habita em nós.

                                                          CONSIDERAÇÕES DO BLOG

Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 2 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.41-47

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