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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Lição 3 - Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo

Aula Presencial dia 17 de Abril de 2016

OBJETIVOS GERAL
Explicar que somos justificados diante de Deus somente pela fé e não pelas obras da carne.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Abalizar que a justificação manifestada em Jesus Cristo veio para salvar judeus e gentios;
2 - Mostrar que Paulo procurou responder, de forma bíblica, as contestações que seus interlocutores faziam quanto à justificação;
3 - Explicar como Paulo utilizou o exemplo de Abraão para tratar a respeito da justificação da fé.

TEXTO ÁUREO
"E não duvido da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, 
dando glória  a Deus (Rm 4:20)

VERDADE PRÁTICA
A justificação dos pecados diante de Deus ocorre somente pela fé.

LEITURA DIÁRIA

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 4:17-22
17 - (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.
18 - O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.
19 - E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.
20 - E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus.
21 - E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer:
22 - Assim isso lhe foi também imputado como justiça.
                                                   
IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

TENHA UM BOM ESTUDO !


INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a doutrina bíblica da justificação pela fé conforme a Carta aos Romanos nos capítulos 3:1 e 4:25. Esses textos contêm uma das mais contundentes defesas de Paulo em favor da justificação pela fé, independente das obras. Para uma melhor compreensão deste tema tão relevante, a argumentação do apóstolo será dividida em três partes: a justificação manifestada, a justificação contestada e a justificação exemplificada.
A chamada de Abraão, o grande patriarca de Israel, será a base da argumentação de Paulo para provar a doutrina da justificação somente pela fé. O argumento de Paulo é que todas as bênçãos de Deus e todas as suas promessas são frutos de sua graça para conosco.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, a lição de hoje trata a respeito de uma das doutrinas mais importantes apresentadas por Paulo na Epístola de Romanos - a justificação pela fé. Ressalte, no decorrer de toda a lição, que ninguém pode ser justificado diante de Deus pela Lei ou pelas obras da carne. O caminho da justificação é somente pela fé na obra expiatória de Jesus Cristo. Paulo mostra que Cristo é o único caminho para que judeus e gentios sejam absolvidos da penalidade do pecado. O apóstolo, de maneira sábia, utiliza o exemplo do patriarca Abraão para desfazer a ideia errada que os judeus tinham de que a aceitação de Deus era obtida mediante as obras da Lei. Glória a Deus, pois na Nova Aliança, tudo que recebemos da parte do Senhor, inclusive a salvação, é decorrente única e exclusivamente da graça de Deus.


  I - A JUSTIFICAÇÃO MANIFESTADA (Rm 3:21-26) 
1. Um culpado que é inocentado. Em Romanos 3:21, lemos: "Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas." Paulo nos mostra como Deus se revelou para alcançar os gentios e judeus. Os gentios estavam debaixo da ira de Deus, porque falharam em conhecê-lo. Os judeus também estavam debaixo da ira divina, por não conseguirem guardar a palavra do Senhor.
O vocábulo manifestou, no grego, vem de uma raiz cujo significado é tornar manifesto ou visível ou conhecido o que estava escondido ou era desconhecido. Deus, na pessoa de Jesus Cristo, tornou conhecido o seu grande amor para com os pecadores. Encontramos Paulo recorrendo a uma figura extraída do mundo jurídico para esclarecer o seu pensamento. O termo justiça traduz a palavra grega dikaiosyne, muito comum no contexto de um tribunal. A imagem é de alguém que é inocentado por um juiz, mesmo sendo culpado pelos seus atos. Concluímos então que, mesmo culpados, Deus quis nos justificar e perdoar.
2. Um prisioneiro é libertado. Em Romanos 3:24, Paulo usa o verbo grego apolytroseo para se referir à redenção efetuada por Jesus Cristo. Essa palavra, conforme definem os léxicos da língua grega, tem o sentido de redenção, resgate ou libertação. No contexto neo-testamentário tem o sentido de libertar mediante o preço de um resgate. No mundo antigo um escravo podia ser resgatado mediante o pagamento de um preço. É exatamente isso que Deus fez. Enviou Jesus Cristo para resgatar o homem que estava preso em seus delitos e pecados (Ef 2:12). Tanto judeus como gentios deveriam se conscientizar dessa realidade. Ninguém pode se autolibertar.
3. Um inocente é culpado. Se o sistema judicial foi útil para elucidar o pensamento do apóstolo, da mesma forma a figura extraída do sistema de sacrifícios levítico também o auxiliou, Isso pode ser visto no texto: "Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus" (Rm 3:25). A palavra propiciação (gr. hillasterion), que está relacionada ao termo propiciatório é uma terminologia muito utilizada no Antigo Testamento para se referir aos sacrifícios pelo pecado. No sistema levítico, quando alguém pecava tornava-se culpado de algo, e um animal inocente era sacrificado para que a culpa fosse expiada. Paulo mostra que tanto os gentios como os judeus não podem chegar a Deus pelos seus esforços ou obras, mas única e exclusivamente pelo sangue de Jesus: o inocente Cordeiro de Deus que foi sacrificado por nós.

CONHEÇA MAIS

"[Do heb. tsadik, do gr.diakaios; do lat.justificationem]. Ato de declarar justo. Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de Deus, através do qual o pecador que aceita a Cristo é declarado justo (Rm 5:1). Ou seja: passa a ser visto por Deus como jamais tivera pecado em toda a sua vida (Rm 5:1). A justificação é mais que um mero perdão. O criminoso perdoado, ou anistiado, continuará criminoso. Mas se Deus o justificar, tornar-se ele justo (Rm 8:1). A justificação é obtida única e exclusivamente pela fé em Cristo Jesus."Para conhecer mais leia Dicionario Teológico,CPAD,p.198.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A Doutrina da Justificação - Ao estudarmos a Doutrina do Pecado descobrimos que ninguém pode ser justificado pela justiça humana, Entretanto, é na doutrina da justificação, no texto de 3.1 e 5:21, que o pecador encontra o caminho da justificação, através da obra expiatória de Cristo. No primeiro estado, o pecador está perdido e sem possibilidade alguma de justificar diante de Deus. No seu estado, o pecador encontra Cristo que o justifica.
É a partir do capítulo 3:21 que o pecador, judeu ou gentio, encontra um novo caminho através dos méritos de Cristo Jesus, É aqui que ele pode ser perdoado e declarado livre da pena do seu pecado, perante Deus.
Justificação significa absolvição da culpa, cuja pena foi satisfeita. Significa ser declarado livre de toda culpa tendo cumprido todos os requisitos da lei. Justificação é um termo forense que denota um ato judicial da administração da lei. Esse ato judicial legaliza a situação do transgressor perante a lei e o torna justo, isto é, livre de toda condenação. Cristo assumiu a pena do pecador e foi sentenciado no lugar do pecador. Ele sofreu a pena contra o pecador e foi sentenciado no lugar do pecador. Ele sofreu a pena contra o pecador, cumprida a pena, o veredicto final da justiça divina é a justificação do pecador. Entende-se então que ser justificado não significa que a justiça tenha sido adiada, ou que ela não tenha sido cumprida (CABRAL Elienai Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus, S.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.52).

  II - JUSTIFICAÇÃO CONTESTADA 
1. A justificação se opõe à salvação meritória. Paulo deseja que o seu ensino não fosse mal interpretado, então recorrendo ao método de diatribe, se adiantando em responder as contestações que seus interlocutores poderiam fazer-lhe.
"Onde está, logo, a jactância? É excluída, Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé" (Rm 3:27). A lei dizia força e o judeu devoto estava convicto de que Deus o justificaria pelo que fazia. No entanto, a graça que Paulo ensinava dizia não faça, mas aceite o que Jesus já fez. O que seria feito então do orgulho judaico que se vangloriava em ser o povo eleito de Deus e das boas obras que praticavam? Não levaria Deus isso em conta nessa nova doutrina de Paulo? Nas palavras do apóstolo, não! é bem fácil imaginar que para um judeu devoto, guardador da lei e praticante de boas obras, que o ensino da justificação "pela fé somente" era bem difícil de digerir. Não é fácil abrirmos mão do nosso orgulho e deixarmos de nos vangloriarmos pelos nossos feitos. Todavia, a doutrina da justificação pela fé diz que não há mérito humano quando a graça de Deus se manifesta. A conclusão de Paulo é que "o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei" (Rm 3:28).
2. A justificação se opõe ao orgulho nacionalista. A segunda indagação que Paulo procura responder é a seguinte: "É, porventura, Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente" (Rm 3:29). Esse é outro ponto que contrastava com a crença do judaísmo do primeiro século o exclusivismo.
A doutrina da justificação pela fé revela que Deus não é somente dos judeus, que se achavam privilegiados pelo legalismo em relação à Tora, mas dos gentios também. Deus não é uma divindade nacionalista, mas Ele é o Deus de toda a terra. Não há dúvidas de que Paulo tinha em mente o shema judaico quando argumentou sobre esse assunto: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt. 6:4). Se Deus é o único Deus, como de fato afirma o monoteísmo judaico, então Ele é o Deus dos gentios também. Não podemos cair no erro de achar que Deus é nossa propriedade exclusiva.
3. A justificação se opôe ao antinomismo. "Anulamos, pois a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes estabelecemos a lei" (Rm 3:31). Essa é última pergunta a ser respondida por Paulo dentro dessa seção. Os judeus legalistas defendiam a observância dos preceitos da lei e acusavam Paulo de ser antinomista, isto é, ensinar que a lei não tem mais nenhum sentido. Paulo estaria ensinando que a justificação pela fé tornara a lei desprezível? A resposta de Paulo é não! O problema não era com a Lei, que tinha a função de servir de condutora até Cristo, mas com os homens que se mostraram incapazes de cumpri-la. Nem judeu nem tampouco gentio algum foi capaz de cumprir a Lei. Somente Jesus Cristo a cumpriu em nosso lugar. Qualquer tentativa de cumprir a Lei hoje é nula, além de ser uma afronta àquEle que se mostrou o único habilitado a fazê-lo - Jesus Cristo nossos Senhor.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor, o subtópico três mostra que o antinomismo se opõe a justificação. Antes de discorrer a respeito do assunto faça a seguinte indagação: "O que é antinomismo?' Ouça os alunos com atenção e explique que "literalmente significa contra a lei". Doutrina que assevera não haver mais necessidade de se pregar nem de se observar as lei morais do Antigo Testamento, calibrando esta assertiva, alegam os antinomistas que, salvos pela fé em Cristo Jesus Já estamos livres da tutela de Moisés.
Ignoram porém, serem as ordenanças morais do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador incrustara na alma de Adão. Como podemos desprezar os Dez Mandamentos? Todo  crente piedoso os observa, pois o Cristo não veio revogá-los; veio cumpri-los e sublimá-los. Além do mais, as legislações modernas estão alicerçadas justamente no Decálogo" (ANDRADE, Claudionor Corrêa de, Dicionario Teológico,S.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 1999,p.44)

III-A JUSTIFICAÇÃO EXEMPLIFICADA (Rm 4:1-25)
1. Abraão, circuncisão e justificação (Rm 4:1-8). Na seção de Romanos 4:1-8, o apóstolo Paulo toma o exemplo do patriarca Abraão para fazer um contraste entre a justificação pela fé e pelas obras. A antiga tradição judaica afirmava que Abraão já guardava a Tora, mesmo tendo vivido séculos antes dela. Ele a teria guardado por "antecipação", pois segundo o judaísmo, apoiando-se Gênesis 17:23, Abraão é circuncidado como sinal da aliança entre ele e Deus. Da mesma forma o sacrifício de Isaque confirmaria tal crença (Gn 2:2). Em outras palavras, as obras jusfificaram Abraão. Contra essa argumentação, Paulo mostra que Abraão não poderia ter sido aceito por Deus em virtude da circuncisão, pois ele creu em Deus, tendo sido isso imputado como justiça, antes dele ser circuncidado e pelo menos quatro séculos antes do advento da Lei. O que justificou Abraão não foi o que ele fez, mas o que Deus fez por ele. Esse é o princípio do Evangelho - somos aceitos não pelo que fizemos, mas pelo que Cristo fez por nós.
2. Abraão, promessa e justificação (Rm 9-17). Na aliança, Deus prometeu fazer dos descendentes de Abraão uma grande nação. Ele também prometeu ao patriarca que lhe daria como herança a terra e faria do seu servo uma benção para todos os povos (Gn 12:1-3). Fazendo referência a essa promessa divina, Paulo argumenta que a justificação não poderia decorrer da obediência à Lei pelo fato de que quando Deus fez a promessa a Abraão, este nem mesmo era circuncidado (Rm 4:10-15), A própria crença judaica dizia que a fé obediente de Abraão nas promessas de Deus lhe foi imputada como justiça (Gn 15:5,6). Para Paulo, se as bençãos divinas prometidas a abraão dependessem da obediência ao código mosaico, então as promessas de Deus teriam falhado, visto que ninguém fora capaz de cumprir e guardar a Lei.
3. Abraão, ressurreição e  justificação (Rm 18-25). Na teologia de Paulo em Romanos 4:18-25 há um paralelismo entre a fé de Abraão e a fé do Cristão - ambos creram em Deus que torna possível as coisas impossíveis. Paulo mostra que Deus tornou possível a concretização das promessas a Abraão, mesmo sendo seu corpo já "amortecido" pelo fato de sua idade avançada, e dessa forma recompensou a sua fé. A sua fé, mesmo contra as evidências externas, garantiu-lhe a concretização das promessas (Rm 4:16-22). Da mesma forma, a fé do cristão na morte e ressurreição de Jesus, o Filho de Deus, é a garantia de que as promessas de Deus em sua vida também serão cumpridas (Rm 4:23,25).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Paulo diz que, se Abraão, o pai dos judeus segundo a carne, tivesse sido julgado por obras ou justiça própria, teria que gloriar-se diante de Deus. Porém o que aprendemos é que Abraão foi como qualquer outro homem, pecador e sem justiça nenhuma. Ele foi declarado justo por meio da fé (Rm 4:3). Os judeus vangloriavam-se em Abraão e criam que isto lhes garantiria a justificação, apenas por serem 'filhos de Abraão segunda a carne'. Os versículos 4 e 5, apresentam dois modos de justificação; por méritos e por graça.
A justificação por méritos se baseia nas obras do homem para obter a sua salvação. A justificação por graça baseia-se sobre o princípio da fé. Deus justifica o pecador pela fé. Ele imputa justiça ao que crê, isto é pela graça de Deus" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus.s.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.59)

CONCLUSÃO
Chegamos ao final de uma importante lição sobre a doutrina da justificação pela fé. Nesta lição aprendemos que Paulo recorreu a experiência do patriarca Abraão para argumentar contra a crença judaica que associava a aceitação das obras como garantia de justificação diante de Deus. Para Paulo isso não poderia ser verdade já que o velho patriarca não possuía mérito algum quando recebeu as promessas de Deus. As bençãos recebidas por ele, assim como as da Nova Aliança, decorrem exclusivamente da graça de Deus em resposta a fé.

PARA REFLETIR
1) Segundo a lição, porque os gentios estavam debaixo da ira de Deus ?
     R. Os gentios estavam debaixo da ira de Deus, porque falharam em conhecê-lo.

2) Na pessoa de quem Deus tornou conhecido o seu grande amor para com os pecadores ?
     R. Na pessoa de Jesus Cristo.

3) Existem méritos humanos quando a graça de Deus se manifesta ?
     R. 
A doutrina da justificação pela fé diz que não há mérito humano quando a graça de
          Deus se manifesta

4) A justificação pela fé torna a Lei desprezível ?
     R. A resposta de Paulo é não! Porém, judeu nem tampouco gentio algum foi capaz de 
          cumprir a Lei.

5)  Qual era a função da Lei ?
     R. A Lei tinha a função de servir de condutora até Cristo.


Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 2 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.18-25

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