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terça-feira, 29 de março de 2016

Lição 1 - A Epístola aos Romanos


Aula Presencial dia 3 de Abril de 2016

OBJETIVOS GERAL
Apresentar uma visão panorâmica da carta de Paulo aos Romanos, ressaltando a terrível situação espiritual na qual se encontra a humanidade depois da queda.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Conhecer o autor; o local, data e destinatários da Epístola aos Romanos; 
2 - Mostrar a forma literária, conteúdo e propósito da Epístola aos Romanos;
3 - Explicar o valor espiritual da Epístola aos Romanos.

TEXTO ÁUREO
"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego 
(Rm 1:16)

VERDADE PRÁTICA
A Epístola aos Romanos mostra que sem a graça divina todos os nossos esforços são inúteis para a nossa salvação e comunhão com Deus.

LEITURA DIÁRIA


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 1:1-17
1- Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.
2 - O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras,
3 - acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4 - declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor.
5 - Pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome.
6 - Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.
7 - A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
8 - Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
9 - Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,
10 - Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.
11 - Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados.
12 - Isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mútua, assim vossa como minha.
13 - Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.
14 - Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
15 - E Assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.
16 - Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
17 - Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.

IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

TENHA UM BOM ESTUDO !


INTRODUÇÃO
Neste trimestre teremos o privilégio de estudar a Epístola de Paulo aos Romanos. Podemos afirmar que jamais seremos os mesmos depois de uma leitura cuidadosa e um estudo sistemático dessa Epístola. Romanos mostra que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação dos judeus e gentios. Revela também que o homem, perdido nas trevas do pecado, é reconciliado com Deus mediante a sua graça. Essa graça é o que nos justifica e nos qualifica a ter comunhão com Ele. Na Epístola aos Romanos aprendemos que a natureza adâmica que domina o velho homem, é destronada pela fé em Cristo, e que é possível vivermos em novidade de vida do poder do Espírito Santo que opera em nós. Veremos que esta Carta é um chamado à liberdade cristã.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudarmos a respeito da Epístola aos Romanos. Nesta carta o apóstolo Paulo expõe, de maneira profunda, a doutrina da justificação pela fé, mediante a graça divina. Paulo mostra que a graça de Deus e a salvação são para todos, judeus e gentios.
O comentarista do trimestre é o pastor José Gonçalves - escritor, conferencista, bacharel em Teologia, graduado em Filosofia; membro da Diretoria da Convenção Estadual da Assembléia de Deus do Piauí (CEADEP) e do Conselho de Apologética da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Que o Deus de amor e de graça o abençoe e que você e seus alunos possam crescer na graça e n conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

                  I - AUTOR, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIO
1. O  Autor Há um consenso entre teólogos e biblistas de que a Epístola aos Romanos é de autoria de Paulo (Rm 1:1). O argumento que nega a originalidade desse registro não tem credibilidade entre os estudiosos do Novo Testamento. Paulo escreveu esta carta com o auxilio de Tércio, o seu amanuense, escrevente, (Rm 16:22). O costume da época permitia que o amanuense tivesse certa liberdade na redação do documento, agindo como uma espécie taquígrafo. Com base nesse fato , alguns críticos têm argumentado a respeito da autenticidade de certas passagens da Carta aos Romanos, atribuindo-os a uma autoria não paulina. Todavia o teor de Romanos não deixa dúvidas de que todo o seu conteúdo reflete o estilo de Paulo escrever. 
2. Local e Data. Paulo escreveu aos Romanos provavelmente ente os anos 56 e 57 d.C, quando se encontrava na próspera cidade de Corínto, capital da província romana de Acaia, no território da Grécia. Paulo permaneceu pelo menos três meses na Grécia por ocasião da sua última vista a Jerusalém (At 20:3). O livro de Atos nos mostra que foi em Corinto, cidade grega, que Paulo montou seu centro de atividades missionárias. Em Corinto, Paulo ficou hospedado na casa do seu fiel amigo Gaio. 
3. Destinatários. Alguns interpretes ao escreverem a respeito da Epístola aos Romanos a classificam como sendo de natureza atemporal. Eles não estão errados, visto que ela foi inspirada pelo Espírito Santo e como tal transcende as barreiras do tempo. Romanos 1:7 nos mostra, de modo bem claro, o destinatário da epístola: "A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo". Quem seria, pois, esses "todos que estais em Roma?" Há uma disputa sobre os reais destinatários desta carta. Alguns argumentam que Paulo escreveu para os judeus radicados em Roma, enquanto outros defendem os cristãos gentílicos como sendo esses destinatários. Porém, Paulo escreveu à igreja de Roma. Uma igreja formada tanto por judeus como por gentios.
CONHEÇA MAIS

*Data e autoria da Carta aos Romanos - "A igreja primitiva e até mesmo os críticos da atualidade concordam com os versículos de abertura da carta. Esta é a carta do apóstolo Paulo aos romanos. Muitos comentaristas creem que Paulo a escreveu em 56 a 57 d.C., enquanto estava em Corinto. Febe, das cercanias de Cencreia, levou a carta (Rm 16:1,2); e Gaio (16:23), foi o mais proeminente convertido de Paulo em Corinto (I Co 1:14). Assim, a carta de Paulo chegou a Roma vários anos antes de sua vida à cidade, como prisioneiro, para ser julgado pelo tribunal de César (At 28)", Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD,p.735.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, explique aos alunos que "quando Paulo escreveu a carta à Igreja de Cristo em Roma, ainda não havia estado nesta cidade, mas já havia anunciado o evangelho "desde Jerusalém e arredores até ao ilírico (Rm 15:19). O apóstolo planejou visitar e pregar em Roma; esperava continuar a levar o evangelho ao ocidente, à Espanha" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro: CPAD,p,1550). Para que o aluno tenha um compreensão melhor da localização de tais cidades e acontecimentos onde Paulo esteve, reproduza o mapa abaixo, distribua para os alunos e o utilize antes da explicação do primeiro tópico.

        II - FORMA LITERÁRIA, CONTEÚDO E PROPÓSITO
1. Forma Literária. A Epístola de Paulo aos Romanos segue o modelo de outros documentos do primeiro século da era cristã. O esboço obedece à ordem desse tipo de documento, tendo sempre uma saudação e uma oração (Rm 1:1-7,8-16). Uma forma literária bastante comum nos dias de Paulo era a escrita em forma de diálogo. Platão, filósofo grego, por exemplo, escreveu dezenas deles. Todavia, como bem observou o especialista em Novo Testamento, Brodus D. Hale, essa forma literária dificilmente se ajusta ao modelo paulino. O que podemos observar na leitura de Romanos é o uso de diatribes por parte do apóstolo. Nesse modelo literário, que era um recurso muito usado pelos filósofos estoicos e cínicos, o autor valia-se de uma exposição crítica a respeito de alguma obra.
2. Conteúdo. O conteúdo de Romanos trata de alguns temas bem específicos, como por exemplo, a pecaminosidade do homem, a salvação de Deus, a justificação pela fé e a graça divina. Logo depois das palavras de saudação observamos a seção que trata sobre a manifestação da justiça de Deus mediante a fé (Rm 1:18; 4:25). Paulo mostra a necessidade espiritual que os gentios, judeus e toda a humanidade têm da salvação de Deus. Paulo também mostra nos capítulos 5 a 8 (5:1 e 8:39), a ação santificadora do Espírito Santo no processo da salvação. É destacado aqui o resultado prático do Evangelho na salvação do crente. Através do Espírito Santo o crente experimenta a paz com Deus. Nos capítulos 9 a 11 encontramos a teologia paulina a respeito do tratamento de Deus para com Israel, o seu povo. São revelados três aspectos do tratamento de Deus para com Israel - passado, presente e futuro. Na última seção Paulo mostra o lado prático do Evangelho na transformação de vidas (12 e 15:13). A conclusão da carta, tratando do empreendimento missionário do apóstolo e algumas recomendações finais, estende-se do capítulo 15:14 ao 16:27.
3. Propósito. Uma leitura cuidadosa de Romanos nos mostra que essa carta não possui apenas um único propósito, mas vários. O principal, segunda a Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal é "apresentar Paulo aos Romanos e sintetizar a mensagem do apóstolo antes de sua chegada a Roma" Todavia podemos destacar os seguintes propósitos: o apóstolo deseja fazer da igreja romana uma base missionária a fim de que ele pudesse chegar até a Espanha (Rm 15:24,28); fica evidente também que o apóstolo está imbuído da defesa do Evangelho que ele pregava. Assim, as acusações de que Paulo promovia um anti-judaísmo não procedem, pois a carta também tem um propósito apologético e pastoral, como podemos verificar nos capítulos 14 e 15.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Reproduza o quadro abaixo, e utilize-o para apresentar de forma sucinta algumas informações que são essenciais para a compreensão da Epístola aos Romanos.
Propósito .... : Apresentar Paulo aos romanos e sintetizar a mensagem do
                 apóstolo, de sua chegada a Roma.
Autor ........ : Paulo.
Destinatário . : Os cristãos em Roma e em todo o mundo.
Data ......... : Provavelmente foi escrita em 57 d.C, em Corinto quanto
                 Paulo preparava sua visita a Jerusalém.
Versículo-Chave: "Sendo, pois, justificados, pela fé, temos paz com Deus
                 por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5:1).
Pessoas-Chave. : Paulo e Febe.
Lugar-Chave... : Roma.

                                     III - VALOR ESPIRITUAL
1. Fundamentação doutrinária. A epístola aos Romanos é considerada a mais teológica dentre todas as outras escritas por Paulo. O forte conteúdo doutrinário desta carta é sem duvida o mais completo do Novo Testamento. Romanos trata de alguns dos temas mais profundos do Cristianismo - as doutrinas da chamada eleição, da predestinação, da justificação, da glorificação e da herança eterna. Paulo mostra à igreja que o pecador pode encontrar a redenção na poderosa mensagem do Evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. A Carta aos Romanos revela que é por intermédio da graça de Deus, manifestada na pessoa bendita de Jesus Cristo, que o homem pode ser corrigido o seu relacionamento com o Criador. A velha natureza é subjugada na cruz e o Espírito Santo faz com que o poder da cruz agora emane na vida do crente.
2. Renovação espiritual. Não há dúvida de que a igreja de Roma, a quem a Epístola aos Romanos foi endereçada, experimentou uma tremenda renovação espiritual mediante a leitura. Todavia, o renovo espiritual advindo da leitura desta carta pode ser visto na vida de muitos crentes ao longo da história da Igreja. Tomemos como exemplo Agostinho, bispo de Hipona, que teve sua vida mudada quando leu Romanos 13:13. Por outro lado, Martinho Lutero, o grande reformador alemão, foi desafiado a romper com a tradição católica quando também leu a carta aos Romanos. John Wesley também testemunhou forte renovação em sua vida através da leitura do comentário dessa Carta, escrita pelo Reformador.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Paulo destaca alguns aspectos principais na carta aos Romanos. A doutrina da salvação é apresentada dentro de alguns itens especiais: o teológico (1:18 e 5:11); o antropológico (5:12 e 8:39); o histórico (9:1 e 11:36) e o ético (12:1 e 15:33). Esse plano  alcança toda obra e contém verdades incontestáveis e irremovíveis.
Na esfera teológica. Paulo apresenta a condição perdida dos homens, sem a mínima possibilidade de salvação por méritos próprios. Logo depois, Cristo é a solução, visto que, por meio de sua morte todos podem ser justificados da condenação, o pecador é justificado mediante a obra expiatória de Jesus Cristo. 
Na esfera antropológica. A ilustração do primeiro e segundo Adão, coloca o crente de frente a uma nova realidade espiritual. O primeiro Adão foi vencido pelo pecado, mas segundo o venceu por todos os homens. Em Cristo, o homem assume um novo regime de vida sob a orientação do Espírito Santo" (CABRAL, Elienai Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus,RJ,CPAD,p.17)

CONCLUSÃO
Uma visão panorâmica da carta de Paulo aos Romanos permite-nos vislumbrar a terrível situação na qual se encontra a humanidade depois da Queda. É algo desesperador. Todavia, a Carta mostra , de forma clara, que Deus por intermédio do seu amor gracioso, que ultrapassa todo o entendimento, veio ao encontro dos pecadores para oferecer-lhes perdão e restauração através de Jesus Cristo, seu bendito Filho. É Ele que, através de seu sacrifício vicário, tirou a raça humana das trevas do pecado e deu a oportunidade ao pecador de viver uma nova vida no poder do Espírito Santo.

PARA REFLETIR
1) Quem é o autor da Epístola aos Romanos ?
     R. O Apóstolo Paulo

2) Quem auxiliou Paulo a escrever a Carta aos Romanos ?
     R. Tércio 

3) Em que ano Paulo escreveu a epístola aos Romanos e em que cidade ele se encontrava ?
     R. Paulo escreveu aos romanos provavelmente entre os anos 56 e 57 d.C., quando se
          encontrava na próspera cidade de Corinto, capital da província romana de Acaia, no
          território da Grécia.

4) De acordo com a lição, quais os principais temas da Epístola aos Romanos ?
     R. Romanos trata de alguns temas bem específicos, como por exemplo, a pecaminosidade
          do homem, a salvação de Deus, a justificação pela fé e a graça divina.

5) Qual o propósito principal da Carta aos Romanos ?
     R. Uma leitura cuidadosa de Romanos nos mostra que essa carta não possui apenas um
          único propósito, mas vários. O principal, segundo a Bíblia de Estudo de Aplicação
          Pessoal é "apresentar Paulo aos romanos e sintetizar a mensagem do apóstolo, antes
          de sua chegada a Roma".


Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 2 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.3-10

Lição 13 - O Destino Final dos Mortos


OBJETIVOS GERAL
Mostrar que os salvos vão aguardar a ressurreição no Paraíso de Deus e os ímpios a esperam no Hades.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Explicar o estado intermediário dos mortos;
2 - Saber a real situação espiritual dos mortos;
3 - Mostrar o destino final dos mortos.

TEXTO ÁUREO
"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Co 15:19)



VERDADE PRÁTICA
Os salvos, que morrerram em Cristo, aguardam a ressurreição no céu e
os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 16:19-26
19- Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regatada e esplendidamente.
20 - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.
21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a lingua, porque estou atormentado nesta chama.
25 - Diss, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males;e, agora, este é consolado, e tu, atormentado.
26 - E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.

IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

TENHA UM BOM ESTUDO !


INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o destino final dos ímpios e do salvos em Jesus Cristo. A Palavra de Deus nos garante que não será em vão a nossa esperança em Jesus Cristo, pois pela fé já temos assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para os ímpios, que não se arrependeram, é reservado o sofrimento e a condenação eterna, pois suas escolhas enganosas os levaram a desprezar a salvação de Deus.

                  I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que é? É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos,  como dos ímpios. Os salvos terão um destino diferente dos ímpios: "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua  voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação" (Jo 5:28,29). A palavra de Deus afirma que não existe purgatório e que também não há o "sono da alma", nem tampouco a reencarnação, como creem alguns. Depos da morte segue-se o juízo divino.
2. O Sheol e o Paraíso. Sheol é um termo hebraico que pode significar sepultura ou "lugar ou estado dos mortos". Em o Novo Testamento, Sheol é traduzido por Hades. Normalmente o Hades é  visto como um lugar  destinado aos ímpios. Deus livra o justo do Sheol ou sepultura (Sl 49:15). O Sheol (inferno) é lugar de punição para os ímpios que  não se arrependeram dos seus pecados e não entregaram sua vidas a Jesus Cristo (cf. Sl 9:17). O vocábulo "paraíso" é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta para significar o Jardim do Éden (Gn 2:8). Aparece apenas três vezes no Novo Testamento (Lc 23:43; 2 Co 12:4; Ap 2:7).
3. O lugar dos mortos. Os teólogos entendem que "o lugar dos mortos", o Hades, estava dividido em duas partes. Estes tomam como base o texto de Lucas 16:19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico. O primeiro, fiel a Deus, foi levado para o "Seio de Abraão", ou ao Paraíso, estando em repouso e felicidade. O rico, orgulhoso e incrédulo foi para o Hades, onde experimenta angústia e sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo desceu ao Sheol (Sl 16:10; 49:15), "ao mundo inferior dos espíritos" (Mt 12:40; Lc 23:42,43), e libertou os santos do Antigo Testamento levando-os consigo para o paraíso celestial (Ef 4:8-10). O lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi trasladado para as regiões celestiais (Ef 4:8; 2 Co 12:2). Desde então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios descem para a condenação (Ap 20:13,14). Segundo os textos bíblicos, o Paraíso estaria em cima (Pv 15:24a) e o Hades embaixo (Pv 15:24b).


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
Seol - O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol 65 vezes para descrever a residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta palavra em grego como "hades", e o Novo Testamento refere-se a isto diversas vezes (Lc 16:23). Nas traduções do Antigo Testamento para o inglês, a palavra aparece variadamente como 'inferno', 'cova' e 'sepultura'. Seol pode ter diferentes significados, em diferentes contextos, trazendo alguma confusão e diferentes interpretações a respeito da natureza exata do seu significado. Seja a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol fala das mais das profundezas, a antítese dos mais altos céus (Jó 11:8; cf.Pv 9:18). Seol também se refere a um lugar de punição do qual somente Deus tem o poder de libertar.
(LAHAVE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica,1.ed.Rio de Janeiro: CPAD,2008.pp.417) 

                          II - SITUAÇÂO DOS MORTOS
Qual é a real situação daqueles que já morreram? O texto de Lucas 16 nos mostra a diferença entre o estado dos ímpios e dos justos após a morte, Vejamos:
1. O estado intermediário dos salvos. Na história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o estado intermediário dos salvos. O justo ao morrer é conduzido pelos anjos até o paraíso (v.22). Que privilégio, que honra têm os salvos ao morrer, e serem recepcionados pelos anjos. Ao ladrão da cruz Jesus disse: "Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23:42,43). O espírito e a alma deixam o corpo e permanecem no lugar de espera (Paraíso), aguardando a ressurreição na Vinda de Jesus.
2. Os justos são recebidos pelo Senhor. É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte. Tomemos como exemplo o caso de Estevão que está narrado em Atos 7:59. Para espanto dos ímpios, eles verão Jesus recepcionar gloriosamente os que o aceitaram como Salvador. Os que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão manter sua identidade pessoal, sua personalidade e consciência depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado por Deus, aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt 17:3; Lc 9:30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os mesmos nomes, Moisés e Elias. A despeito de tudo o que foi dito, devemos lembrar que, para os salvos, a morte é um ganho: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho", Paulo tinha o "desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor" (Fp 1:21,23). 
3. O estado intermediário dos ímpios. Eles vão para o Sheol ou Hades, ou seja, o inferno, que é o seu destino final (Sl 9:17). Nesse "estado intermediário", aguardam seu julgamento final. O Hades é um lugar "embaixo", ou seja, oposto ao céu ("seio de Abraão"). O rico "ergueu os olhos", vendo "ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio" (v.23): "Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo" (Pv 15:24). Fato é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em "tormentos" (v.23) e clamava pedindo misericórdia (v.24). Os ímpios que morreram sem Cristo estão "em prisão" (1 Pe 3:19) e ali eles vão se lembrar dos que ficaram na Terra (v.28). As Escrituras Sagradas afirmam que estes não podem ser consolados por ninguém: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá" (v.26). Fica, pois, evidente que aqueles que descem ao Hades não podem se comunicar com os vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidades de ouvir as Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (v.27-31).

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
"O Estado Final do ìmpios - A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de toda a imaginação. São as "trevas exteriores", onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22:13; 25:30). É uma 'fornalha de fogo' (Mt 13:42,50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguivel. Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2 Tm 1:9), e 'a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre' (Ap 14:11; cf.20:10). Jesus usou a palavra Gehenna como termo aplicável a isso. Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20:14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf.Ap 22:15), será o único lugar onde a morte existirá. É então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do pecado, será final e plenamente consumada (1 Co 15:26). Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21:4)" (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal, 1,ed.RJ: CPAD, 1996,pp.642-643).

                   III - O DESTINO FINAL DOS MORTOS
Após passarem pelo "estado intermediário", os mortos ressuscitarão. Os salvos irão para a "Vida eterna" e os ímpios, "para desprezo eterno" (Jo 5:28,29).
1. O estado final dos salvos. Após a primeira ressurreição (Rm 8;11), os salvos vão para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo tribunal de Cristo, e viverão com Deus por toda a eternidade. Esse é o destino final das salvos. Seus corpos ressuscitarão e se tornarão incorruptíveis (cf.1 Co 15:42-44). O mesmo corpo que morreu será transformado por Deus e ressuscitará "em glória", semelhante ao corpo de Jesus ao ressuscitar (Fp 3:21). 
2. O estado final dos ímpios. Os ímpios ressuscitarão para "vergonha e desprezo eterno" (Dn 12:2). Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20:15), onde "haverá pranto e ranger de dentes" (Mt 22:13). Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20:10; 21:8). Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de mal (2 Ts 1:9).

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
"O Estado Final dos Justos - A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A descrição da Nova jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim do Éden, com todas as bençãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a 'comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos. A vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto que as portas da cidade sempre estarão abertas (Ap 21:25; cf. Is 60:11), quem sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?" (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal, 1,ed.RJ: CPAD, 1996,pp.645).

CONCLUSÃO
O estudo da Escatologia é um dos mais edificantes para a Igreja em todos os tempos, principalmente no presente século, quando muitos sinais dão a entender que a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer momento. Que você possa prosseguir com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a Palavra de Deus, ore, jejue e esteja aguardando o maior acontecimento escatológico de todos os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.


Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 1 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.90-96

segunda-feira, 28 de março de 2016

Lição 12 - Novos Céus e Nova Terra


OBJETIVOS GERAL
Mostrar que os crentes viverão para sempre com Jesus Cristo 
na nova  Jerusalém.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Explicar que todas as coisas na terra serão renovadas;
2 - Saber que haverá novos céus e nova terra;
3 - Mostrar o que será a Nova Jerusalém.






TEXTO ÁUREO
"Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas
 passadas, nem mais se recordando" (Is 65:17)

VERDADE PRÁTICA
Os crentes viverão eternamente com Jesus Cristo na cidade santa, a Nova Jerusalém.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 21:1-5,24-27
1- E vi um novo céu é uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus como os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 - E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
5 - E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
24 - E as nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.
25 - E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.
26 - E a ela trarão a glória e honra das nações.
27 - E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.


IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

TENHA UM BOM ESTUDO !


INTRODUÇÃO
O pecado de desobediência de Adão e Eva afetaram toda a criação, incluindo a natureza. Como consequência da Queda a terra recebeu uma sentença de juízo(Gn 3:17). A natureza aguarda a  sua redenção, que será instaurada por Deus no fim dos tempos(2 Pe 3:13). Paulo diz que Deus, "segundo o seu beneplácito", tomou a decisão "de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (Ef 1:5,10).  


                  I - TODAS AS COISAS SERÃO RENOVADAS
1. Deus criou os céus. Quando a Bíblia fala a respeito dos "céus", normalmente refere-se ao espaço sideral. No principio, Ele criou "os céus", morada de Deus já existia. Deus habita nos "céus", acima do espaço sideral (Sl 11:4).
2. A Renovação divina dos céus. Deus irá restaurar todo o universo, expurgando os efeitos da Queda e as ações do Diabo e seus anjos. A terra passará por um processo de transformação e estará livre dos efeitos da ação maligna e do homem (Is 34:4; Ap 21:4). Na renovação divina, toda a terra será transformada (2 Pe 3:7).

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
O Novo Céu - O céu na eternidade será diferente daquele onde Deus agora habita. Na consumação de todas as coisas, Deus renovará os céus e a terra, fundindo seu céu a um novo universo e formando uma habitação perfeita que será o nosso lar eterno. Em outras palavras, o céu irá expandir-se e englobar todo o universo da criação. Tudo será transformado em um lugar perfeito e magnífico, adequado à gloria do céu. O apóstolo Pedro descreveu isto como a esperança de todos os remidos (2 Pe 3:13). Naturalmente, uma reforma cósmica radical sempre esteve nos planos de Deus. Esta foi também a graciosa promessa que, por meio dos profetas do AT, Deus deu a seu povo (Is 65:17-19). Deus declara que transformará de tal forma o céu e a terra que hoje conhecemos, que corresponderá a uma nova criação. Observe que, em um novo universo, a Nova Jerusalém será o foco de todas as coisas. O novo céu e a nova terra serão tão magníficos que tronarão os antigos insignificantes. No capítulo final da profecia de Isaías, o Senhor promete que este novo céu e nova terra perdurarão para sempre, juntamente com todos os santos de Deus (Is 66:22)"  (LAHAVE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica,1.ed.Rio de Janeiro: CPAD,2008.pp.111) 

II - NOVOS CÉUS E NOVA TERRA
1. Em Cristo, céus e terra serão congregados. O apóstolo Pedro afirma que aguardamos novos céus e nova terra (2 Pe 3:13). O texto da Epístola de Pedro nos mostra que o propósito divino é uma nova criação(Is 66:22). Os céus e a Terra serão purificados e restaurados pelo fogo. Os crentes esperam ansiosamente pela restauração do mundo de Deus.
2. Novos céus e nova terra. A Igreja de Jesus tem sido perseguida ao longo da história, mas está perto o tempo em que não haverá mais nenhuma ação maligna ou humana contra o povo do Senhor (Hb 11:36-39). Com a restauração de todas as coisas, nos "novos céus" e na "na nova terra", "não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão". 

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
""Nos novos céus e terra nada nos trará medo e nada nos separará um dos outros. A única água descrita será 'o rio puro da água da vida' (Ap 22:1). Este rio claro como cristal desce pela rua principal do céu (Ap 22:2). Apocalipse 21:3-7 traz uma descrição das características mais marcantes dos novos céus e nova terra. As Escrituras aqui prometem que o céu será um Reino de perfeita bem-aventurança. Nos novos céus e na nova terra não haverá lugar para lágrimas, dor, tristeza e pranto. Lá o povo de Deus habitará com Ele por toda a eternidade, completamente livre de todos os efeitos do pecado e do mal. Deus é retratado secando pessoalmente as lágrimas dos remidos. No céu, a morte estará completamente aniquilada (1 Co 15:26). Ali não haverá doença, fome, problemas ou tragédias. Haverá apenas a alegria completa e bençaõs eternas" (LAHAYE, Tim, Enciclopedia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed.RJ;CPAD,2008,pp.112)

                   III - NOVA JERUSALÉM
1. Foi preparada no céu. Será um lugar santo de comunhão e relacionamento com Deus (Ap 21:3). Ali encontraremos uma linda praça, no meio da qual atravessa o "rio da vida", com a "árvore da vida" em suas margens (Ap 22:2; 21:6). Só os que têm o nome escrito no Livro da Vida entrarão nessa linda cidade. Neste mundo tenebroso, enfrentamos lutas e sofremos com a degradação do meio ambiente, as enchentes, secas e variações climáticas, mas haveremos de desfrutar de um novo lugar que está preparado para aqueles que creem e o aguardam.
2. Os muros e as doze portas. "E tinha um grande e alto muro com doze portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel" (Ap 21:12,13). Cada porta é "um pérola"; a praça é "de ouro puro, como vidro transparente" (Ap 21:21); 0 muro é de jaspe, "a cidade, de ouro puro, semelhante a vidro puro" (Ap 21:18,21). Os nomes nas portas representam a fidelidade de Deus para com Abraão, Isaque e Jacó (cf.Rm 9:27; 11:29).Nela, não haverá templo, pois o "seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro" (Ap 21:22).
3. Os doze fundamentos da cidade. "E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro" (Ap 21:14). Os nomes dos apóstolos nos fundamentos representam a Igreja de Cristo como "coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3:15), através da "doutrina dos apóstolos" (At 2:42), que representa a mensagem do evangelho de Cristo. Seus fundamentos são gloriosos (Ap 21:19,20). Só chegando lá poderemos ver o cuidado do Senhor em projetar tanto brilho e fulgor da cidade divina. A cidade tem formato cúbico (Ap 21:16,17).
4. Ali não haverá mais tristeza. "E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas" (Ap 21:4; 1 Co 15:26). Um dos principais motivos para a tristeza é a morte. Nas grandes cidades ou nos pequenos lugarejos, sempre existe um cemitério, onde entes queridos são enterrados. Ninguém pode escapar da morte. Mas, na Nova Jerusalém, a morte não mais existirá (Ap 20:14; 1 Co 15:26). Não haverá luto nem lágrimas. Ela descerá do céu (Ap 21:2) e servirá de fonte permanente de luz para as nações (Ap 21:24,26). A cidade Santa iluminará as nações, mas nela não haverá "nem sol, num lua", pois "a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Ap 21:23).
5. Não haverá pecado nem pecadores. "E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Ap 21:27). Ali não haverá maldição contra ninguém (Ap 22:3), pois os corruptos já estarão no lago de fogo e só os salvos viverão na Santa cidade. Todos os ímpios que não se arrependerem ficarão de fora (Ap 22:15; 1 Co 6:10) e todos os que praticam atos indignos aos olhos de Deus não terão acesso à Nova Jerusalém, pois seu lugar e destino é o inferno (Sl 9:17).

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
"Nova Jerusalém - As Escrituras descrevem a Nova Jerusalém como a 'Jerusalem que é de cima' (Gl 4:26), ' a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial' (Hb 12:22), e 'a Santa Cidade' que 'de Deus descia do céu' (Ap 21:2,10). O AT refere-se a ela como a habitação de Deus. No NT, é também a morada celestial dos santos. As sagradas estruturas da cidade celestial contribuiram para o projeto do Tabernáculo e do Templo na terra. Quando descer como o 'tabernáculo de Deus com os homens' (Ap 21:3), será um Templo tanto físico (Ap 21:12-21) como espiritual (Ap 21:22). O AT representa a Jerusalém celestial como o 'monte' e o 'santuário' celestial. Ezequiel refere-se ao 'monte santo de Deus' e a 'santuários' no céu (Ez 28:14,16). Salmos 2 menciona 'Aquele que habita nos céus' e 'o nome santo monte Sião' (vv 4.5). A primeira expressão diz respeito ao lugar no céu onde Deus está entronizado. A segunda  refere-se à Jerusalém terrestre, onde Deus dará o trono a seu Rei, após derrotar as nações na batalha do Armagedom. Os Salmos davídicos também aludem a Deus em sua 'casa' ou 'templo' (Sl 11:4) , apesar de o Templo ter sido erguido somente após a morte de Davi. Tais referências são. portanto, relativamente ao Templo celestial, como vemos em jum dos salmos de forma explicita: ' O Senhor está no seu santo templo; o trono do Senhor está nos céus' (Sl 11:4)" (LAHAYE, Tim. Enciclopedia Popular de Profecia Bíblica,1.ed.Rio de Janeiro:CPAD,2008,pp.328)

CONCLUSÃO
Um dos hinos da Harpa Cristã declara: "Metade da glória celeste jamais se contou ao mortal". O que a Bíblia revela, afastando um pouco o véu da eternidade, não é a expressão plena da realidade que se descortinará aos olhos dos salvos em Cristo Jesus, que com Ele reinarão, na Nova Jerusalém. Por isso, vale a pena ser crente fiel, santo e dedicado a fazer a vontade de Deus.


Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 1 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.83-89