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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Lição 10 - Deveres Civis, Morais e Espirituais

Aula Presencial dia 5 de junho de 2016

OBJETIVOS GERAL
Conscientizar que o crente tem deveres civis, morais e espirituais
para com a sociedade na qual está inserido.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Apontar os deveres civis daqueles que foram alcançados pela graça divina;
2 - Explicar os deveres civis dos crentes;
3 - Relacionar os deveres espirituais dos crentes.

TEXTO ÁUREO
"Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há
autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que 
há foram ordenadas por Deus(Rm 13:1)

VERDADE PRÁTICA
Diante da sociedade, o crente tem
deveres civis, morais e espirituais.

LEITURA DIÁRIA

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13:1-8
- Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. 
2 - Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo a condenação.
3 - Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 - Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 -  Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 - Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
8 - A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama os outros cumpriu a lei.

IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

TENHA UM BOM ESTUDO !
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o capítulo 13 da Epístola aos Romanos. Paulo trata neste capítulo a respeito da relação dos crentes com as autoridades. Viver pela fé na justiça de Deus implica obedecer às leis, as autoridades governamentais, pagar impostos e seguir as regras e normas estabelecidas, demonstrando então que somos uma nova criatura. A submissão do crente às autoridades revela seu amor e sua obediência às leis de Deus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Dando prosseguimento ao estudo da Epístola aos Romanos, estudaremos o capítulo 13. Neste capítulo Paulo mostra que a nossa vida de fé em Jesus Cristo precisa ser revelada em nossos relacionamentos interpessoais e com as autoridades constituídas. O crente deve respeitar e se submeter às autoridades legitimamente constituídas. Porém, isso não significa que ela deva concordar com o pecado daqueles que estão em uma posição de liderança, como por exemplo, a corrupção, o roubo e leis que são contrárias a Palavra de Deus, como por exemplo, a legalização do aborto. Somos cidadãos dos céus, mas enquanto vivermos neste mundo, precisamos pagar nossos impostos e seguir as leis estabelecidas(13:1-5). Nosso respeito a submissão as autoridades revelam o quanto amamos e respeitamos o Todo-Poderoso e as sua leis.
                                                             

                  I - DEVERES CIVIS (Rm 13:1-7) 
1. A natureza do Estado. O apóstolo Paulo parte do princípio de que toda autoridade é constituída por Deus [...] "Não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus" (Rm 13:1 - ACRF). A tradução Almeida Corrigida Revisada Fiel usada aqui deixa ambíguo o sentido desse texto ao usar a palavra potestade em vez de autoridade. O termo potestade dá uma conotação de que a referência seja a seres espirituais. Todavia, o termo exousia (autoridade), que ocorre 102 vezes em o Novo Testamento grego, quatro vezes neste capítulo, possui o sentido, nesse contexto, de governantes civis. A referência, portanto, diz respeito às autoridades civis, quer locais, quer nacionais. O princípio da autoridade constituída, ou delegada, vem de Deus, e por isso o crente tem o dever de se submeter a ela. Esse princípio é fartamente documentado no Antigo Testamento, onde é mostrado que nenhum governante exerce autoridade fora do domínio de Deus (Pv 8:15,16; Dn 2:21; Is 45:1-7).
2. O propósito do Estado. A natureza espiritual de um governo civil está no princípio da autoridade a ele delegada. O propósito da sujeição do crente à autoridade constituída, segundo Paulo, é especificado em Romanos 13:3,4. A razão dada é a promoção do bem e a punição do mal por parte da autoridade. Em outras palavras, a manutenção da ordem. Sem obediência a autoridade corre-se o risco de se cair numa anarquia. É por isso que o apóstolo diz que o governo é ministro de Deus para a promoção do bem comum, bem como para frear o mal. A palavra ministro, no grego, é diáconos, vocábulo que mostra o princípio divino por trás do governo humano. São ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor (Is 45:1; Dn 4:17).
3. A Igreja e o Estado.  Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se primeiramente por razões de obediência. Nesse caso o crente deve submeter-se ao poder coercitivo da lei, pagando impostos e tributos. É interessante notar que Paulo fala de dois tipos de tributos nesse capítulo, phoros e telos. O primeiro termo é uma referência aos impostos diretos enquanto a segunda aos indiretos. Paulo aconselhou os crentes a cumprirem seus deveres pagando seus impostos (Mt 22:21). Mas havia uma razão a mais para a submissão à autoridade - a consciência do crente. O crente não deveria se sujeitar a autoridade simplesmente por medo da lei, mas por uma questão de consciência diante de Deus. O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm 13:7). A desobediência civil só se justifica no caso de conflito entre a lei humana e a divina (At 5:29). No caso de governos que decretam leis injustas e estados totalitários que privam o exercício da fé, o cristão, em razão da sua consciência para com Deus, deve moldar-se pela Palavra de Deus, para isso, estando disposto a assumir todas as conseqüências de seus atos.

CONHEÇA MAIS
** Por causa da consciência (Rm 13:5) "Os governantes detêm o poder coercitivo que os habilita a fazer cidadãos de conformidade com as sua leis. Segundo Paulo, nos sujeitamos à lei não por dever, mas porque isso é correto. Os motivos são da responsabilidade de Deus". Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD,p.749)

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Submissão as autoridades (Rm 13:1) 'Toda alma esteja sujeita às potestades superiores'. O apóstolo recomenda a submissão à autoridade constituída. A seguir, o texto declara a razão por que devemos nos submeter às autoridades: 'Porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus'. A palavra 'potestade' refere-se a 'autoridade, ou poder delegado'. Nesta parte do versículo, Paulo declara que toda a autoridade vem de Deus. Em Rm 13:2. Neste versículo, o resistir ás autoridades significa resistir a Deus, por isso estamos legalmente obrigados a reconhecer e a obedecer às autoridades constituídas. Resistir à autoridade é opor-se à lei divina, pois Deus mesmo reconhece a lei civil. Quebrar a lei ou transgredi-la implica em conseqüências negativas, isto é, em condenação, não só da parte das autoridades civis, mas também da parte de Deus. Em Rm 13:3,5 'Porque os magistrados não são terror para as boas obras'. Quando alguém pratica o bem não tem o que temer. Note que Paulo declara que a autoridade civil é ministro de Deus (v.4), por isso, o crente deve orar a Deus pelas autoridades constituídas e submeter-se a elas (v.5). Devemos nos submeter às autoridades por dever de consciência. O crente obedece, não por medo de ser punido, mas porque sua consciência lhe mostra o que deve fazer" (CABRAL, Elienai.Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus.5.ed.Rio de Janeiro: CPAD,2005,p.139).
         

                       II - DEVERES MORAIS (Rm 13:8-10)  
1. A divida que todos devem ter. O apóstolo reconhece os deveres do cristão em relação ao Estado, e aconselhou a não ficarem em débito com ninguém: "A ninguém devais coisa alguma [...]" (Rm 13:8). Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o "nome limpo na praça". Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza da dívida, esta não negativa, mas positiva para o crente. A dívida do amor. Não podemos dever nada a ninguém, exceto "o amor com que vos ameis uns aos outros; porque que ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13:8). Orígenes, um dos pais da igreja antiga, dizia qua "a dívida de amar é permanente e nunca a saldamos; por isso devemos pagá-la diariamente, e sem dúvida, continuaremos devendo". Amar o semelhante é uma obrigação moral que temos para com a raça humana.
2. A segunda tábua da lei. Paulo havia falado muito sobre a lei nos capítulos anteriores, e aqui novamente ele volta a citá-la [...]"quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13:8). A lei dada a Moisés no Sinai foi escrita em dua tábuas (Êx 34:1). Os quatros primeiros mandamentos enfatizam o relacionamento vertical, isto é, entre Deus e os homens: Não ter deuses estranhos; não fazer imagens; não profanar o nome de Deus e guardar o sábado. Por outro lado, os outros seis mandamentos são horizontais, isto é enfocam o relacionamento entre as pessoas: Honrar os pais; não matar; não adulterar; não furtar; não dar falso testemunho e não cobiçar. O interesse do apóstolo  pelas relações interpessoais fica claro quando ele cita, em Romanos 13, esses mandamentos: "Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás [...]" (Rm 13:9).
3. O segundo grande mandamento. Paulo reforça o seu argumento sobre a lei do amor citando Levítico 19:18. Ele conclui dizendo que "o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13:10). O mandamento do amor sintetiza todos os outros preceitos que promovem as relações (Rm 13:9).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Deveres Morais (Rm 13:11-14) - Neste texto, encontramos um imperativo moral para um viver cristão autêntico. É um apelo à vigilância cristã e à conscientização da urgência do tempo. 
(13:11)'E isto digo, conhecendo o tempo'. Que há dentro desse tempo? São os sinais predeterminados da vinda de Cristo. Por isso, a continuação do versículo 11 é uma exortação ao despertamento espiritual contra toda a indiferança e frieza. Estar despertado implica em estar de prontidão espiritual. 
(13:12) 'As obras das trevas' se contrapõem às obras da luz, pois são originadas pelo príncipe das trevas, e suas obras são más e traiçoeiras. Entretanto, o Senhor nos oferece as 'armas da luz' que são a graça, a bondade e a verdade do reino de Cristo.
(13:13,14).'Andemos honestamente' (v.13). Diz respeito ao comportamento moral do crente. 'não em glutonaria, nem em bebedeiras, nem em desonestidade, nem em dissoluções, nem em contendas e invejas'. Ora, o padrão neotestamentário rejeita as obras da carne.  abomina a licenciosidade e a intemperança. Porém, no versículo 14, Paulo convida:'Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo'. Significa recebê-lo no coração e deixá-lo dominar inteiramente a nossa vida. Não há vitória moral fora de Cristo. Estar revestido de Cristo é ter a presença pessoal do Espírito Santo dentro de nós, limpando e purificando o nosso interior" (CABRAL, Elienai.Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed.Rio de Janeiro:CPAD,2005,p.140).
             
 III - DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13:11-14)
1. Consciência escatológica (v.11). Encabeçando a lista dos deveres de natureza espiritual, Paulo apresenta um de natureza escatológica: "E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono [...]" (Rm 13:11). A palavra tempo, aqui, traduz o termo grego kairós, que significa tempo oportuno. Para o apóstolo, a vinda de Jesus era uma realidade sempre presente na vida do crente.
2. Consciência da salvação e do Espírito Santo (vv.11,14). Nos dois últimos versículos de Romanos 13, observamos que há necessidade de uma consciência que seja soteriológica e pneumatológica (Rm 13:11). A referência direta ao Salvador está na palavra salvação e a referência indireta ao Espírito Santo está na frase: [...] "E não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências" (Rm 13:14). É o Espírito quem produz o fruto na vida do crente de forma que este possa vencer as concupiscências da carne (Gl 5:19-22). Cabe ao cristão andar no Espírito para não satisfazer os desejos da carne.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Romanos 14:10-12 - Cada um de nós dará contas do que faz a Cristo, não aos demais irmãos. Embora a igreja procure ser inflexível em sua posição contra certas atividades ou comportamentos expressamente proibidos pelas Escrituras (adultério, homossexualidade, assassinato e roubo), ninguém deve criar regras e regulamentos adicionais, concedendo-lhes uma condição semelhante à lei de Deus. Muitas vezes, os cristãos baseiam seus critérios morais em opiniões, particularidades pessoais ou preceitos culturais, em vez de na Palavra de Deus. Quando o fazem, mostram como sua fé é fraca e não imaginam como Deus é suficientemente poderoso para guiar seus filhos. Quando nos colocamos perante Deus e prestamos contas de nossa vida, não nos preocuparemos com o que nosso vizinho cristão fez (2 Co 5:10)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD,p.1575)

CONCLUSÃO
Nesta Lição, vimos as responsabilidades que o cristão deve assumir, tanto no convívio social como espiritual. Como ser social, temos dever para com o Estado. Devemos respeitar a ordem estabelecida. Todavia, como ser moral e espiritual temos deveres para com o outro. Não somos apenas cidadão do céu (Fl 3:20), somos também cidadãos da Terra. Devemos investir nos relacionamentos horizontais, mantendo sempre em mente que o salvo em Cristo não é uma ilha. Precisamos uns dos outros.

PARA REFLETIR
1) Quem constitui as autoridades ?
     R. Deus. As autoridades são ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes
          pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor.

2) Qual a razão do crente se submeter às autoridades ?
     R. Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se
          primeiramente por razões de obediência.

3) O que pode acontecer quando a sociedade deixa de obedecer às autoridades ?
     R. Caos e desordem

4) Qual o princípio bíblico em relação às autoridades ?
     R. O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e honre (Rm 13:7)

5)  O que significa "a ninguém devais coisa alguma" (Rm 13:8) ?
     R. Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o "nome limpo na praça".
          Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dívida, esta não negativa,
          mas positiva para o crente. A dívida do amor. Não podemos dever nada a
          ninguém, exceto "o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem
          ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13:8).

                                                          CONSIDERAÇÕES DO BLOG

Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 2 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.48-54

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