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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Lição 10 - Deveres Civis, Morais e Espirituais

Aula Presencial dia 5 de junho de 2016

OBJETIVOS GERAL
Conscientizar que o crente tem deveres civis, morais e espirituais
para com a sociedade na qual está inserido.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Apontar os deveres civis daqueles que foram alcançados pela graça divina;
2 - Explicar os deveres civis dos crentes;
3 - Relacionar os deveres espirituais dos crentes.

TEXTO ÁUREO
"Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há
autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que 
há foram ordenadas por Deus(Rm 13:1)

VERDADE PRÁTICA
Diante da sociedade, o crente tem
deveres civis, morais e espirituais.

LEITURA DIÁRIA

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13:1-8
- Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. 
2 - Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo a condenação.
3 - Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 - Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 -  Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 - Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
8 - A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama os outros cumpriu a lei.

IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

TENHA UM BOM ESTUDO !
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o capítulo 13 da Epístola aos Romanos. Paulo trata neste capítulo a respeito da relação dos crentes com as autoridades. Viver pela fé na justiça de Deus implica obedecer às leis, as autoridades governamentais, pagar impostos e seguir as regras e normas estabelecidas, demonstrando então que somos uma nova criatura. A submissão do crente às autoridades revela seu amor e sua obediência às leis de Deus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Dando prosseguimento ao estudo da Epístola aos Romanos, estudaremos o capítulo 13. Neste capítulo Paulo mostra que a nossa vida de fé em Jesus Cristo precisa ser revelada em nossos relacionamentos interpessoais e com as autoridades constituídas. O crente deve respeitar e se submeter às autoridades legitimamente constituídas. Porém, isso não significa que ela deva concordar com o pecado daqueles que estão em uma posição de liderança, como por exemplo, a corrupção, o roubo e leis que são contrárias a Palavra de Deus, como por exemplo, a legalização do aborto. Somos cidadãos dos céus, mas enquanto vivermos neste mundo, precisamos pagar nossos impostos e seguir as leis estabelecidas(13:1-5). Nosso respeito a submissão as autoridades revelam o quanto amamos e respeitamos o Todo-Poderoso e as sua leis.
                                                             

                  I - DEVERES CIVIS (Rm 13:1-7) 
1. A natureza do Estado. O apóstolo Paulo parte do princípio de que toda autoridade é constituída por Deus [...] "Não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus" (Rm 13:1 - ACRF). A tradução Almeida Corrigida Revisada Fiel usada aqui deixa ambíguo o sentido desse texto ao usar a palavra potestade em vez de autoridade. O termo potestade dá uma conotação de que a referência seja a seres espirituais. Todavia, o termo exousia (autoridade), que ocorre 102 vezes em o Novo Testamento grego, quatro vezes neste capítulo, possui o sentido, nesse contexto, de governantes civis. A referência, portanto, diz respeito às autoridades civis, quer locais, quer nacionais. O princípio da autoridade constituída, ou delegada, vem de Deus, e por isso o crente tem o dever de se submeter a ela. Esse princípio é fartamente documentado no Antigo Testamento, onde é mostrado que nenhum governante exerce autoridade fora do domínio de Deus (Pv 8:15,16; Dn 2:21; Is 45:1-7).
2. O propósito do Estado. A natureza espiritual de um governo civil está no princípio da autoridade a ele delegada. O propósito da sujeição do crente à autoridade constituída, segundo Paulo, é especificado em Romanos 13:3,4. A razão dada é a promoção do bem e a punição do mal por parte da autoridade. Em outras palavras, a manutenção da ordem. Sem obediência a autoridade corre-se o risco de se cair numa anarquia. É por isso que o apóstolo diz que o governo é ministro de Deus para a promoção do bem comum, bem como para frear o mal. A palavra ministro, no grego, é diáconos, vocábulo que mostra o princípio divino por trás do governo humano. São ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor (Is 45:1; Dn 4:17).
3. A Igreja e o Estado.  Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se primeiramente por razões de obediência. Nesse caso o crente deve submeter-se ao poder coercitivo da lei, pagando impostos e tributos. É interessante notar que Paulo fala de dois tipos de tributos nesse capítulo, phoros e telos. O primeiro termo é uma referência aos impostos diretos enquanto a segunda aos indiretos. Paulo aconselhou os crentes a cumprirem seus deveres pagando seus impostos (Mt 22:21). Mas havia uma razão a mais para a submissão à autoridade - a consciência do crente. O crente não deveria se sujeitar a autoridade simplesmente por medo da lei, mas por uma questão de consciência diante de Deus. O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm 13:7). A desobediência civil só se justifica no caso de conflito entre a lei humana e a divina (At 5:29). No caso de governos que decretam leis injustas e estados totalitários que privam o exercício da fé, o cristão, em razão da sua consciência para com Deus, deve moldar-se pela Palavra de Deus, para isso, estando disposto a assumir todas as conseqüências de seus atos.

CONHEÇA MAIS
** Por causa da consciência (Rm 13:5) "Os governantes detêm o poder coercitivo que os habilita a fazer cidadãos de conformidade com as sua leis. Segundo Paulo, nos sujeitamos à lei não por dever, mas porque isso é correto. Os motivos são da responsabilidade de Deus". Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD,p.749)

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Submissão as autoridades (Rm 13:1) 'Toda alma esteja sujeita às potestades superiores'. O apóstolo recomenda a submissão à autoridade constituída. A seguir, o texto declara a razão por que devemos nos submeter às autoridades: 'Porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus'. A palavra 'potestade' refere-se a 'autoridade, ou poder delegado'. Nesta parte do versículo, Paulo declara que toda a autoridade vem de Deus. Em Rm 13:2. Neste versículo, o resistir ás autoridades significa resistir a Deus, por isso estamos legalmente obrigados a reconhecer e a obedecer às autoridades constituídas. Resistir à autoridade é opor-se à lei divina, pois Deus mesmo reconhece a lei civil. Quebrar a lei ou transgredi-la implica em conseqüências negativas, isto é, em condenação, não só da parte das autoridades civis, mas também da parte de Deus. Em Rm 13:3,5 'Porque os magistrados não são terror para as boas obras'. Quando alguém pratica o bem não tem o que temer. Note que Paulo declara que a autoridade civil é ministro de Deus (v.4), por isso, o crente deve orar a Deus pelas autoridades constituídas e submeter-se a elas (v.5). Devemos nos submeter às autoridades por dever de consciência. O crente obedece, não por medo de ser punido, mas porque sua consciência lhe mostra o que deve fazer" (CABRAL, Elienai.Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus.5.ed.Rio de Janeiro: CPAD,2005,p.139).
         

                       II - DEVERES MORAIS (Rm 13:8-10)  
1. A divida que todos devem ter. O apóstolo reconhece os deveres do cristão em relação ao Estado, e aconselhou a não ficarem em débito com ninguém: "A ninguém devais coisa alguma [...]" (Rm 13:8). Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o "nome limpo na praça". Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza da dívida, esta não negativa, mas positiva para o crente. A dívida do amor. Não podemos dever nada a ninguém, exceto "o amor com que vos ameis uns aos outros; porque que ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13:8). Orígenes, um dos pais da igreja antiga, dizia qua "a dívida de amar é permanente e nunca a saldamos; por isso devemos pagá-la diariamente, e sem dúvida, continuaremos devendo". Amar o semelhante é uma obrigação moral que temos para com a raça humana.
2. A segunda tábua da lei. Paulo havia falado muito sobre a lei nos capítulos anteriores, e aqui novamente ele volta a citá-la [...]"quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13:8). A lei dada a Moisés no Sinai foi escrita em dua tábuas (Êx 34:1). Os quatros primeiros mandamentos enfatizam o relacionamento vertical, isto é, entre Deus e os homens: Não ter deuses estranhos; não fazer imagens; não profanar o nome de Deus e guardar o sábado. Por outro lado, os outros seis mandamentos são horizontais, isto é enfocam o relacionamento entre as pessoas: Honrar os pais; não matar; não adulterar; não furtar; não dar falso testemunho e não cobiçar. O interesse do apóstolo  pelas relações interpessoais fica claro quando ele cita, em Romanos 13, esses mandamentos: "Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás [...]" (Rm 13:9).
3. O segundo grande mandamento. Paulo reforça o seu argumento sobre a lei do amor citando Levítico 19:18. Ele conclui dizendo que "o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13:10). O mandamento do amor sintetiza todos os outros preceitos que promovem as relações (Rm 13:9).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Deveres Morais (Rm 13:11-14) - Neste texto, encontramos um imperativo moral para um viver cristão autêntico. É um apelo à vigilância cristã e à conscientização da urgência do tempo. 
(13:11)'E isto digo, conhecendo o tempo'. Que há dentro desse tempo? São os sinais predeterminados da vinda de Cristo. Por isso, a continuação do versículo 11 é uma exortação ao despertamento espiritual contra toda a indiferança e frieza. Estar despertado implica em estar de prontidão espiritual. 
(13:12) 'As obras das trevas' se contrapõem às obras da luz, pois são originadas pelo príncipe das trevas, e suas obras são más e traiçoeiras. Entretanto, o Senhor nos oferece as 'armas da luz' que são a graça, a bondade e a verdade do reino de Cristo.
(13:13,14).'Andemos honestamente' (v.13). Diz respeito ao comportamento moral do crente. 'não em glutonaria, nem em bebedeiras, nem em desonestidade, nem em dissoluções, nem em contendas e invejas'. Ora, o padrão neotestamentário rejeita as obras da carne.  abomina a licenciosidade e a intemperança. Porém, no versículo 14, Paulo convida:'Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo'. Significa recebê-lo no coração e deixá-lo dominar inteiramente a nossa vida. Não há vitória moral fora de Cristo. Estar revestido de Cristo é ter a presença pessoal do Espírito Santo dentro de nós, limpando e purificando o nosso interior" (CABRAL, Elienai.Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed.Rio de Janeiro:CPAD,2005,p.140).
             
 III - DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13:11-14)
1. Consciência escatológica (v.11). Encabeçando a lista dos deveres de natureza espiritual, Paulo apresenta um de natureza escatológica: "E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono [...]" (Rm 13:11). A palavra tempo, aqui, traduz o termo grego kairós, que significa tempo oportuno. Para o apóstolo, a vinda de Jesus era uma realidade sempre presente na vida do crente.
2. Consciência da salvação e do Espírito Santo (vv.11,14). Nos dois últimos versículos de Romanos 13, observamos que há necessidade de uma consciência que seja soteriológica e pneumatológica (Rm 13:11). A referência direta ao Salvador está na palavra salvação e a referência indireta ao Espírito Santo está na frase: [...] "E não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências" (Rm 13:14). É o Espírito quem produz o fruto na vida do crente de forma que este possa vencer as concupiscências da carne (Gl 5:19-22). Cabe ao cristão andar no Espírito para não satisfazer os desejos da carne.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Romanos 14:10-12 - Cada um de nós dará contas do que faz a Cristo, não aos demais irmãos. Embora a igreja procure ser inflexível em sua posição contra certas atividades ou comportamentos expressamente proibidos pelas Escrituras (adultério, homossexualidade, assassinato e roubo), ninguém deve criar regras e regulamentos adicionais, concedendo-lhes uma condição semelhante à lei de Deus. Muitas vezes, os cristãos baseiam seus critérios morais em opiniões, particularidades pessoais ou preceitos culturais, em vez de na Palavra de Deus. Quando o fazem, mostram como sua fé é fraca e não imaginam como Deus é suficientemente poderoso para guiar seus filhos. Quando nos colocamos perante Deus e prestamos contas de nossa vida, não nos preocuparemos com o que nosso vizinho cristão fez (2 Co 5:10)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD,p.1575)

CONCLUSÃO
Nesta Lição, vimos as responsabilidades que o cristão deve assumir, tanto no convívio social como espiritual. Como ser social, temos dever para com o Estado. Devemos respeitar a ordem estabelecida. Todavia, como ser moral e espiritual temos deveres para com o outro. Não somos apenas cidadão do céu (Fl 3:20), somos também cidadãos da Terra. Devemos investir nos relacionamentos horizontais, mantendo sempre em mente que o salvo em Cristo não é uma ilha. Precisamos uns dos outros.

PARA REFLETIR
1) Quem constitui as autoridades ?
     R. Deus. As autoridades são ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes
          pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor.

2) Qual a razão do crente se submeter às autoridades ?
     R. Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se
          primeiramente por razões de obediência.

3) O que pode acontecer quando a sociedade deixa de obedecer às autoridades ?
     R. Caos e desordem

4) Qual o princípio bíblico em relação às autoridades ?
     R. O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e honre (Rm 13:7)

5)  O que significa "a ninguém devais coisa alguma" (Rm 13:8) ?
     R. Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o "nome limpo na praça".
          Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dívida, esta não negativa,
          mas positiva para o crente. A dívida do amor. Não podemos dever nada a
          ninguém, exceto "o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem
          ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13:8).

                                                          CONSIDERAÇÕES DO BLOG

Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 2 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.48-54

domingo, 29 de maio de 2016

Lição 9 - A Nova Vida em Cristo

Aula Presencial dia 29 de Maio de 2016

OBJETIVOS GERAL
 Mostrar que a nova vida em Cristo
consiste em viver em santidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Apontar que precisamos viver a nova vida de maneira que agrade a Deus;
2 - Explicar a necessidade de se usar os dons com sabedoria e humildade
3 - Compreender que como novas criaturas precisamos exercitar o amor, o serviço cristão e resistir a todo o mal.



TEXTO ÁUREO
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo
em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12:1)

VERDADE PRÁTICA
A nova vida em Cristo consiste em viver fervorosamente a vitória da cruz.

LEITURA DIÁRIA




LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12:1-12
- Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável.
2 - E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 - Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, 
5 - assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 -  De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9 - O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 - Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
12 - Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;

IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a 
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários 
estarão neste estudo em textos escritos em letras vermelhas.

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INTRODUÇÃO
A conexão entre tudo o que Paulo escreveu anteriormente (Capítulos 1 a 11) e o capítulo 12 de Romanos é feita por intermédio do uso da partícula grega oun, traduzida em português como portanto, pois. Nesse contexto, o uso dessa partícula pode se referir a tudo aquilo que o apóstolo havia escrito anteriormente ou pode também se referir àquilo que ele escreveu na seção que compreende somente os capítulos 9 a 11. O fato é que esse texto não está fora de lugar. Paulo havia tratado em detalhes sobre a justificação pela fé e como Deus, em sua soberania, tratou com os gentios e judeus nesse processo. Agora ele quer que os crentes tomem consciência de que tudo isso tem implicações práticas na nova vida em Cristo.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, desejamos que o estudo da Epístola aos Romanos contribua para o seu crescimento e de seus alunos. Esta é a mais importante Carta de Paulo. Segundo Lawrence Richards, Romanos é "a pedra angular da teologia do Novo Testamento". Na lição de hoje estudaremos o capítulo doze. A partir desse capítulo o apóstolo Paulo passa a tratar de questões mais práticas. Como novas criaturas precisamos evidenciar a nossa fé mediante as nossas ações. Paulo mostra que depois de experimentar da graça divina não é mais possível viver segundo as normas ou a maneira de pensar deste mundo pecaminhoso (Rm 12:1,2). O apóstolo também mostra que como novas criaturas, pertencemos a um corpo, o "Corpo de Cristo". Cada membro desse Corpo recebeu dons e talentos e estes precisam ser usados com humildade, amor, sabedoria, contribuindo para o bem-estar de todos.

                                 I - EM RELAÇÃO A MORDOMIA DA ADORAÇÃO CRIST (Rm 12:1,2) 
1. Uma exortação em forma de apelo. "Rogo-vos", conforme aparece na versão Almeida Revista e Corrigida, traduz o verbo grego parakaleo. Essas palavra tem, no original, o sentido de admoestar, encorajar e exortar. Os léxicos destacam que esse termo era usado no contexto militar quando um oficial queria exortar as tropas. As palavras introdutórias de Paulo são, portanto, um apelo exortativo. Os crentes deveriam levar em conta tudo o que ele havia ensinado até então e procurarem se ajustar à nova vida em Cristo. As doutrinas bíblicas, mesmo aquelas mais complexas, não devem promover apenas especulações teológicas, mas fomentar no crente a piedade cristã.
2. Uma palavra concernente ao corpo. O apóstolo solicita aos crentes romanos [...] "que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12:1). Três coisas são ditas aqui sobre o corpo como instrumento de adoração. Em primeiro lugar, o corpo deve ser oferecido em sacrifício. A palavra grega usada aqui pelo apóstolo é thusia, que significa sacrifício ou oferta. O paralelo é feito com o sistema de sacrifícios levítico do Antigo Testamento. Em segundo lugar, esse sacrifício, ao contrário daquele da Antiga Aliança, deve ser apresentado vivo não morto. Em terceiro lugar, esse sacrifício deve ser santo. A ideia de algo que foi separado exclusivamente para o serviço de Deus. Assim fazendo, o crente terá a garantia que estará agradando a Deus na sua adoração.
3. Uma palavra concernente à mente. Assim como o nosso corpo deve ser ofertado em sacrifício vivo a Deus, da mesma forma a nossa mente também precisa ser (Rm 12:2). Para que a adoração seja verdadeira ela precisa ser realizada por pessoas com a mente transformada. Essa transformação, como mostra o original metamorphousthe, de onde vem o vocábulo metamorfose, significa ser transformado em nossa mais profunda natureza interior.

CONHEÇA MAIS
* Conformeis (Rm 12:2) - "J.B.Philips captou o significado dessa exortação numa paráfrase poderosa. 'Não permita que o mundo ao seu redor o bitole de acordo com o seu molde'. O mundo exerce toda a sorte de pressão para nos forçar a adotar sua maneira de pensar. Os crentes, no entanto, não são manipuláveis. Não temos que nos conformar. Podemos ser transformados por Deus em nosso interior" Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.748)

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Até o capítulo 11, Paulo desenvolveu uma argumentação teológica acerca de algumas doutrinas pertinentes à Soteriologia Bíblica. A partir do capítulo 12, ele disseca essas doutrinas sobre a salvação em uma realidade prática. É o Cristianismo vivido e experimentado. É a vida cristã demonstrada através das relações pessoais com Deus, com os irmãos na fé, com as pessoas de fora, com as autoridades constituídas e com as responsabilidades para com a Igreja. Não basta conhecer a Teologia do pecado, da Justificação, da Santificação, teoricamente. É preciso ter experimentado isso tudo, para poder viver vitoriosamente no Espírito. Nos capítulos anteriores, paulo apresenta o pecado e sua conseqüências, bem como, o plano da salvação. Já, a partir do capítulo 12, temos o plano da salvação na prática. O Evangelho não é apenas poder para salvar o homem dos seus pecados, mas é também, poder para viver diariamente uma vida vitoriosa e poderosa contra o pecado, contra o mundo e contra o diabo. Uma vez justificado pela fé, o crente é também capacitado para tornar-se na prática, um vitorioso contra o pecado" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed.Rio de janeiro: CPAD,2005,p.133). 

                         II - EM RELAÇÃO À MORDOMIA DO EXERCÍCIO DOS DONS (Rm 12:3-8)  
1. Exercitá-lo com moderação e humildade. A palavra dons (gr.charismata) que aparece no versículo 6, é a mesma palavra usada por Paulo em 1 Coríntios 12:4 em referência aos dons espirituais. O mesmo amor de 1 Coríntios 13, que regulamentou o uso dos dons, deve ser aqui praticado. Paulo já havia falado muito sobre a graça (gr. charis) e é em nome dessa graça, que a ele foi dada, que pede moderação e humildade na mordomia dos dons espirituais. Ninguém que exercitasse os dons espirituais deveria achar que era alguma coisa independente da graça. É       exatamente isso o que significa o vocábulo grego yperphroneo, traduzido aqui como "pensar de si mesmo além do que convém".                           2. Exercitá-los respeitando sua diversidade.
                                                                               Paulo lembra aos romanos que a moderação e a

humildade são indispensáveis no exercício dos dons. Ele também os faz recordar que Deus não quer exclusivismo no exercício dos dons (Rm 12:4). A individualidade deve ser respeitada, porque o Espírito usa pessoas, mas o individualismo deve ser rejeitado. Os dons são diversos, assim como diversos são os membros do corpo (Rm 12:5). Não existe um corpo formado somente por um membro, da mesma forma o Senhor não quer que os dons operem através de uma única pessoa (Rm 12:6). Todos têm seu lugar no corpo de Cristo.
3. Exercitá-los com esmero e regularidade. Paulo escreve aqui no contexto de uma igreja local, e não tem a preocupação de separar os dons espirituais dos dons ministeriais. Aqui, os crentes, quer sejam leigos quer sejam clérigos, são convidados à prática dos dons espirituais (Rm 12:6-8). Os dons, portanto, devem ser exercidos com dedicação e regularidade. Eles são dádivas de Deus e precisam ser desempenhados no contexto da igreja.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Paulo usou o exemplo do corpo humano para ensinar como os cristãos devem viver e trabalhar juntos. Assim como os membros do corpo funcionam sob o comando do cérebro, também os cristãos devem trabalhar juntos sob o comando e a autoridade de Jesus Cristo. Deus nos dá muitas habilidades e dons para que possamos edificar a sua igreja. Para usá-los eficientemente, devemos: (1) entender que todas as nossas habilidades e todos os nossos dons vêm de Deus (2) entender que nem todos são dotados das mesmas habilidades e dos mesmos dons; (3) saber quem somos e o que fazemos melhor;(4) dedicar nossas habilidades e nossos dons ao serviço de Deus, não para alcançar sucesso pessoal; (5) estar dispostos a empregar as habilidades e os dons que temos com todo o nosso coração, colocando tudo à disposição da obra de Deus, sem reter coisa alguma. Os dons de Deus diferem quanto à sua natureza, poder e eficiência, de acordo com sua sabedoria e bondade, não conforme a nossa fé (12:6). Deus deseja conceder-nos o poder espiritual necessário para desempenharmos cada uma de nossas responsabilidades. Mas não podemos obter mais habilidades e dons mediante nosso esforço e nossa determinação para nos tronarmos servos ou mestres mais eficientes. Deus concede os dons à sua igreja, distribui a fé e o seu poder conforme a sua vontade. Nossa tarefa é sermos fiéis e procurarmos formas de servir aos outros com aquilo que Cristo nos dá" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD,p.1572).

           II - EM RELAÇÃO À MORDOMIA DA PRÁTICA DAS VIRTUDES CRISTÃS (Rm 12:9-21)  
1. Exercitar o amor. Socialmente a palavra amor está muito desgastada e quase sempre é associada apenas a sentimentos. Todavia, não é esse o significado de ágape no Novo Testamento. O amor cristão é algo que brota de dentro, do caráter de uma pessoa regenerada e passa a moldar o seu comportamento (Rm 12:9,10). Dessa forma, o amor jamais pode ser algo fingido, isto é, praticado com hipocrisia. Ele é algo autêntico. Vê o outro antes de si mesmo.
2. Exercitar o serviço cristão. Paulo aconselha os crentes em Roma a viverem a vida cristã com intensidade. Nada de apatia ou vagarosidade: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervoroso no espírito, servindo ao Senhor" (Rm 12:11). A palavra vagarosos traduz o termo grego Okneros, que possui também o sentido de preguiçoso, descuidado e indolente. Ser fervoroso não significa ser fanático, mas ser alcançado pela graça e andar segundo ela. A expressão "no espírito" tanto pode estar no caso locativo grego, significando nosso espírito humano, como no instrumental, se referindo ao Espírito Santo. Independentemente do caso que Paulo tenha usado, o sentido é do Espírito Santo incendiando a vida do cristão fervoroso. 
3. Exercitar a resistência ao mal. Fechando essa seção, o apóstolo aconselha:"Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Rm 12:21). Em Romanos, encontramos o apóstolo Paulo se referindo ao mal (gr.kakos) quatorze vezes. Em Romanos 7:19,21, ele apresentou esse mal como sendo sinônimo da natureza adâmica pecaminosa e má, que quer conduzir o crente a fazer aquilo que ele desaprova. Essa é a razão da guerra interior. Em Atos 16:28 Paulo fala desse mal como um dano irreparável que uma pessoa pode causar a si mesma. Aqui esse mal aparece como uma força oposta ao bem, que procura impedir o viver cristão vitorioso. A recomendação bíblica é: "vença o mal com o bem".
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"O serviço cristão em relação aos nossos irmãos na fé (12:9-21). Nestes versículos está a base dos erviço cristão que é o amor. Os deveres mencionados e todas as exortações devem estar debaixo do princípio do amor. Em Romanos 12:9 - 'O amor seja não fingido'. A palavra 'fingimento' fica melhor traduzida por hipocrisia, que no grego é anupokritos. Na versão Inglesa do Rei Tiago a expressão é: 'sem dissimulação'. Portanto, o sentido real é que, a demonstração de qualquer sentimento para com as pessoas seja puro e 'com toda a sinceridade'. Ainda em Romanos 12:9 - 'Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem'. Aborrecer o mal é negar tudo que possa prejudicar a outrem. Podemos servir aos nosso irmãos na fé tendo uma atitude, não só de amor (v.9), mas pelo espírito fraterno desenvolvido entre todos (v.10), pelo favor do espírito e serviço a Deus (v.11), pela esperança e paciência (v.12), pela hospitalidade e a generosidade entre os domésticos da fé (v.13), pela participação sincera dos sentimentos dos outros (v.15), pelo perdão aos inimigos (v.16), pela retribuição do mal com o bem (v.17) e por viver em paz com todos (v.18). Ainda em Romanos 12:9 - 'Não vos vingueis a vós mesmos'. Em outras palavras, a vingança pertence a Deus, por isso, devemos deixar com Deus a vingança para com aqueles que nos maltratam. Somos frágeis e incapazes de fazer vingança com justiça. A expressão 'daí lugar à ira' não deve ser entendida como o dar razão à manifestação da ira, mas sim com o sentido de dar tempo à ira para que ela se extinga, isto é, deixá-la passar. Também tem o sentido de 'dar lugar à ira de Deus'. à vingança divina, uma vez que a 'vingança pertence a Deus" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus.5.ed.Rio de Janeiro: CPAD,2005,p.137).

CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que o capítulo 12 de Romanos forma um conjunto de exortações a respeito do viver a nova vida em Cristo. Como observamos, essas exortações estão relacionadas a vários aspectos do viver cristão e envolvem a mordomia da adoração cristã, onde é mostrado o valor do corpo e da mente no serviço de Deus. Atenção é dada à mordomia dos dons espirituais, onde Paulo combate a apatia e o individualismo. A Igreja é o corpo de Cristo e como corpo ela deve viver. Por último o apóstolo exorta a respeito do exercício das virtudes cristãs, destacando a prática do viver vitorioso.

PARA REFLETIR
1) Qual o sentido original da palavra "rogo-vos" ?
     R. Essa palavra tem no original o sentido de admoestar, encorajar e exortar.

2) O que são as palavras introdutórias de Paulo ?
     R. As palavras introdutórias de Paulo são um apelo exortativo.

3) Segundo a lição, o que é necessário para que a adoração seja verdadeira ?
     R. Para que a adoração seja verdadeira ela precisa ser realizada por pessoas com a mente 
          transformada.

4) Segundo Paulo, o que é indispensável no uso dos dons ?
     R. A moderação e a humildade são indispensáveis no exercício dos dons.

5) Segundo a lição, o que significa ser fervoroso ?
     R. Ser fervoroso significa ser alcançado pela graça e andar segundo ela.

                                                          CONSIDERAÇÕES DO BLOG

Referências Utilizadas no Estudo
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Revista Lições Bíblicas Adultos - 2 Trimestre 2016 - Editora CPAD, 2016, p.62-68